quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Notícia.


Era uma vez, uma garota plena de saúde, beleza, energia e felicidade, cheia de amor para dar e receber,  sem esquecer de uma alta condição financeira de seus pais. Seu nome era Isabela, tinha dezenove anos e cursava medicina. Isabela tinha um talento sem fim quando o assunto era culinária, tanto que, ela fazia os bolos de aniversário da família, os almoços de domingo e até mesmo os churrascos nos dias de futebol. Todos os dias, Isabela escrevia em seu diário o seu dia por completo, em detalhes, dizia ela que era muito feliz, e que se um dia ficasse triste, usaria suas lembranças como remédio. O seu irmão era jogador de futebol, formado em engenharia, ao caso da fama acabar. Ele jogava num time bem famoso na europa, e sempre que Cauã  entrava em campo, seus pais e Isabela viam o jogo pela TV, como se fosse a Copa do Mundo.
Foi na faculdade que Isabela conheceu Diego, um escritor infame, cantor, pianista de uns quarenta anos e muito sábio, a tal ponto que Isabela começou a adotá-lo como segundo pai. Ele não estudava nada,  era o bibliotecário usando de voluntariado. Triste época, Isabela esqueceu de ver um jogo de Cauã, e bem no jogo que ele fez um gol para ela. Motivo: Estava na biblioteca. Acontece que as pessoas interessantes conseguem prender a atenção de quem quer que esteja a frente, é como uma colisão entre um caminhão e uma moto. Como uma transfusão utilizando sangue O. Diego tinha a chave da escola, era amigo de quase toda a faculdade, e sabia mais de medicina que  Isabela,  e nem tinha nível superior. Sorte dele ter lido todos aqueles livros, aprendeu a tocar piano lendo, Isabela estudou desde os 9 anos, na melhor escola da cidade, e perdia feio se comparada a Diego.  E é por isso que ele era líder da sociedade secreta da região, uma sociedade do bem, que visava as boas ações, a felicidade, o amor ao próximo e et cetera. Era uma sociedade que fazia o bem sem ser olhada. Afinal, dizem que contradições positivas fazem bem em dobro. Foi embaraçoso este envolvimento repentino, ninguém entendia. Isabela mudou e muito conhecendo Diego, dizem que ela passou a abrir os olhos, o mundo afora, é gigantesco, e abrir os olhos desperta sede de descobertas. Agora ela já não parava em casa, e às vezes nem dormia. Não era rebelde com os pais, os tratava com educação, porém alegava ter aprendido a voar. E ela aprendeu mesmo. Conheceu o filho do Diego e se apaixonou por ele, e simplesmente terminou com o seu namorado, que ficou obviamente arrasado.
E o tempo passou. O natal chegou, Isabela participou de tudo, fez o jantar, a ceia e tudo como mandava a sua tradição. Participou do amigo oculto e tudo mais. Mas no dia 26, a notícia já esperada:
-Mãe, quero passar o ano novo na praia.
-Mas filha, nós passamos todos os anos de mãos dadas, até o seu primeiro ano foi assim. Por favor, a sua família não é importante?
-Eu sei, e é por isso que eu quero variar, quando só se faz uma coisa, não se sabe se isto é o melhor realmente. Quero ter certeza.
-Se é o que você quer... Que seja filha, não vou abrir nenhuma discussão com você, posso ver com clareza a definição do seu olhar.

E assim ocorreu. O ano novo chegou, e mal batiam seis horas da tarde e Isabela já tinha ido para a praia. Às horas foram passando, os pensamentos de arrependimento e felicidade caiam e se misturavam como terra e areia na mente de Isabela. E então, os fogos de artifício anunciam que o ano novo está presente. Deixando fluir um laço eterno de epifanias. Tanto na praia, quando na casa de Isabela.
Fim.

-Bom filho, esta é a história de hoje. Como amanhã é fim de ano, quero que aprenda que não é só a sua felicidade que importa. - Disse eu após acabar de contar a história.
-Coitada da Isabela, ela não fez por mal. Acho que ela não tem culpa.
-É filho, nessas horas o importante é pensar duas vezes, mas não só em si.
-É mesmo mamãe, você é inteligente sabe. Quero ser como você. O que vamos fazer amanhã?
-Vamos esperar que seja um bom ano. E que o mesmo irradie felicidade a todos. E deixe bem claro que  as conclusões estão cheias de justiça. -Conclui, dando um beijo na testa do meu bebê, dando boa noite e um dez como nota na disciplina mais importante (...)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Em busca (...)

Procura-se letreiros. Procura-se, procuro. Letreiros coloridos, chamativos, (ex)clamativos! Que expressem mensagens espontâneas, com o vigor que anseia um assaltante. Procuro por letreiros capazes de prender, como policiais corruptos. Procuro por letreiros, psicológicos, viciantes, como cafeína. Procuro por letreiros, no plural. No sentido que quanto mais melhor. No sentido de querer ser atraído. Letreiros, com coração e beleza.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Inscrição.

Não quero transcrever pensamentos, brigar com minha mente, falar de amor, ou qualquer coisa viável. Convido os animais fofinhos do campo florido na Bélgica a se servirem das flores que eu cultivei em pensamento. Alerto aos que entendem sobre o fogo do bem, sobre a guerra dos (dis)simulados, alerto as tribos que sofreram estes (im)pactos  de lealdade. E por fim, peço ao dono da fama, que avise para quem conseguir, que o mundo é um bebê, tão bebê que só sabe brincar de girar (...)

domingo, 26 de dezembro de 2010

Afogamento quente.

Levando em conta as (con)tradições básicas que encontrei andando em falso por aí, vi uma que me chamou a atenção, mesmo assim escolhi para prestar atenção todas. Não que eu seja louco, ou goste de trabalhar desta forma,  e eu amo trabalhar com tais metas. O bom de avaliar contradições é que o pouco é muito, o branco é preto e o coerente não faz sentido e o não é tradicional. Me entende? Lê-se força do hábito.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Viva ao perfeito.

Toques, retoques, hora de dar "tchau". É tempo de fechar a porta com a chave e depois engolir. Tempo pra compreensão. Subam a bordo, o navio dos sonhos está a quatro palmos dos seus olhos, sonhar é fácil, você só precisa ver bem, a diferença é que estes olhos não são coerentes, mas são perfeitos.
Do complexo ao jogo de damas, como conclusão eu convoco as estrelas do céu a formarem um desenho impossível, de ver, de perceber, de ligar os pontos, ou seriam estrelas?

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Glicose, vícios.

Alguém já viu uma criancinha louca por doce?  Claro. E o que sufoca minha respiração mental é que dizem que estes fazem mal. Eu digo que faz bem. Muito bem, aliás, neste planeta tudo é (rel)ativo. Ao passo que o que faz mal faz bem simultaneamente.
É, se doce faz tão bem eu deveria sempre libertar as asas bucais de meu filho, acho coerente crescer e ter infância para lembrar. E é por isso que Ralf sabe aproveitar seu paladar. Coma geléia e depois escove os dentes, é a lei. Se o mundo fosse glicose, eu seria um chocolate branco, chocolate branco é mais uma analogia sobre as questões doces e intelectuais. Pena que o mundo não é doce.

Ganhei, perdi.

Minhas tardes sempre foram inúteis, eu não tinha nada a fazer em tais momentos, de um lado, um sol causticante derramando sobre mim que me deixava acompanhado de um tédio que me consumia como um alimento mergulhado em coca-cola. E por outro lado filosofias mentais, meus pensamentos pujantes sobre os meus últimos dias, e (re)flexões intelectuais sobre o que eu tinha para me decepcionar, os momentos e aqueles segundos que pareciam mais que o normal, normal este que eu mal fazia memória de o quê realmente era. Sempre me perguntei sobre os meios. Afinal, todo mundo fala sobre os lados e esquecem os meios. Talvez seja o mais importante. E com a  TV ligada eu ouvi um anúncio de cine trabalhista. Sabe, trabalhar é muito bom. Serve para ganhar dinheiro e usar o tempo. E o trabalho era de cozinheiro. Eu adoro cozinhar! Resolvi ir procurar.

Quando cheguei no cine, encontrei uma garota de saia preta e blusa branca, com o cabelo preso. loira  de olhos quase brancos de tão claros. Logo a perguntei:
-Boa tarde Senhorita, meu nome é Sílvio, meu pai tinha um restaurante, aprendi tudo o que sei com ele e queria saber sobre o emprego de cozinheiro.
-Boa tarde Senhor. Certo, aqui diz que você precisa ter um curso técnico, se você não ter, tente mostrar o que sabe, dizem que o dono deste restaurante é bem humano. Aqui está o endereço.

Eu não podia perder. Meu pai sempre me falara que cozinhar era o melhor remédio, e eu não sabia de qual problema. Agora já, o tédio. Peguei o endereço e fui sem demora para este restaurante. E quando cheguei vi uns cinco mendigos comendo na porta de trás deste restaurante. Logo pensei, se meu futuro patrão é solidário, então vamos nos dar certo.
Até hoje eu vivia a base de minha pequena fazenda, minha mãe deixou ela pra mim. Eu plantava, colhia e cuidava de todos os animais. Vivia a base de meus próprios produtos e todos meus impostos já estavam pagos. Todo sábado eu escolhia algumas verduras bonitas e as levava para feira e dava a quem precisava já que eu não precisava de dinheiro. Na verdade eu sou fanático pelo escambo, deixa tudo original e real. No meu caso eu troco coisas por sorrisos.
Ao entrar no restaurante, procurei pelo dono. Me disseram que ele estava numa casa lotérica, e então eu fui nesta casa lotérica.
Chegando lá, um anuncio gigante com uns cinco ou seis zeros vermelho e azul. E encontrei também o Mac, o dono do restaurante, (re)conheci ele  pela camisa vermelha de desenho amarelo, logo o chamei.
-Você é o Mac?
-Sou... E você? É quem?
-Sou o Sílvio, quero cozinhar para você, isso vai me livrar do tédio.
-É, temos muito trabalho no meu restaurante, mas se quiser ganhar algo vai ter que trabalhar bastante.
-O que eu vou ganhar?
-Salário...
-Ah, certo... A moça me disse que eu preciso de um curso técnico, mas eu não tenho... Porém cozinho desde  os oito anos, aprendi com meu pai, que era dono de um restaurante.
-Meu caro, não posso te registrar sem um curso...
-Deixa eu cozinhar para o senhor, vai que você gosta.
-Ok, então vamos. Espere, vou só fazer uma aposta.
-O que é uma aposta? Não sei sobre estas coisas... Minha mãe disse que seria bom para mim.
-Você não sabe?! Aposta é um investimento ousado. Você escolhe algo, dá uma certa quantia em dinheiro e se ganhar você ganha dez, vinte vezes o seu valor de investimento.
-E é fácil ganhar?
-Não... depende de sorte.
-Eu não tenho dinheiro, pode me emprestar? Quero apostar naquela da porta que tem um monte de zeros. Depois desconta do meu salário.
-Aquela é complicadíssima de acertar. Mas é a mais valiosa. Claro que pode apostar, não é tão caro assim, é só difícil de acertar.
-Certo, como eu faço?
-Escolha seis dezenas e as marque no papel.
-Certo, quero 05-21-30-40-41-53. Vou marcar.
-Ótimo, agora você leva para o funcionário do caixa e entregue junto este dinheiro. Ele vai te entregar um cupom. Se você ganhar use ele para pegar o prêmio.
-Obrigado senhor, foi divertido.
-Não tem de quê, sou apaixonado por números, e apresentar essa paixão a alguém é gratificante, vamos ao restaurante?

Esse Mac me lembrava alguém, era divertido, usava um chapéu dourado e redondo, botas pretas e tinha um olhar de vigarista do bem, se é que isto existe. A questão é que ele me apresentou o mundo capitalista, que é um mundo normal onde o rei não tem vida própria, ou tem? Não faz diferença, no dia eu não parava de pensar e repensar se eu ia ganhar, isso sim tirava meu tédio. Se eu ganhasse eu ia comprar uma outra fazenda gigante para a minha irmã a do Barão Van Frank. um velho amigo do meu pai, mas que recusou de qualquer maneira vender a fazenda por um preço bom, se eu ganhasse daria todo o prêmio por ela.
Minha irmã  morava na minha fazenda, só que em outra casa, eu amo minha irmã porque ela é inteligente e dedicada e linda. Não entendo se certo era definir minha irmã como feia, afinal é isso que ocorre na TV. Os irmãos brigam e se xingam e depois dizem que não querem mais conversar entre si. Tanto faz, a TV é um (passa)tempo impresso em cores e som. Depois fomos ao restaurante, e lá eu cozinhei para o Mac ver, ele gostou da minha comida e disse que eu podia trabalhar com ele, desde que eu fizesse meu curso de gastronomia neste período. Voltei pra casa e comecei a pensar.
Nunca pensei que sair do tédio era tão fácil, depois disto eu posso até escrever um livro. Ou não?  Hora de ser fã de particularidade. Particularidade é algo como especialidade, significa que o seu muito não passa de pouco, é bom. Tudo fica especial, lembrando que tudo é nada. Particularidade intima a (con)tradição e faz da mesma importante.
"Hora de dormir, hora de sonhar. Sonhar é um exemplo de efetividade, que eu não vou explicar o que é afinal é triste. Como eu ia dizendo, hora de dormir. Dormir, refletir minhas ilusões deste mundo num outro que é exemplo pleno de particularidade."
Escrevi isto num papel qualquer, quando eu era criança eu tinha uma professora particular que me ensinou a escrever e pensar. Depois ela me deu um diploma  e disse que agora era hora de aprender sozinho. Professores são seres humanos que tem o dom de (in)constância. E quando acordei fiz o café e chamei minha irmã, ela sempre come na minha casa. Sentados à mesa eu falei da novidade.
-Sophie, não sabe da novidade, eu vou trabalhar.
-Onde? Como assim? Você não precisa trabalhar.
-Preciso sim, tenho muito tédio, e trabalhando só sobra espaço para voar, eu vou ser cozinheiro sabia? Cozinheiros tem que saber voar.
-E onde é que vai trabalhar? Num restaurante?
-É! O dono chama Mac, e tem um chapéu legal.
-Está bem, espero que divirta-se, mas tome cuidado.
-Mas é claro! Ah! Tem outra coisa, eu fiz uma aposta. E quando eu ganhar vou te comprar o sítio do Barão Frank, ele não quer aquelas terras mais, e você ama elas.
-Irmão, você é louco, não dá pra ganhar com uma aposta como dá para piscar os olhos ou morder os lábios.
-É só acreditar, acreditando tudo pode ser verdade, tudo teria sido diferente  se você acreditasse em minhas verdades não acha?
-Errado!  Vamos tomar café.
Depois do café eu fui para o meu trabalho, Mac disse que eu estava três horas adiantado e então eu fiquei conversando com um garoto lá, ele disse que tinha apostado na loteria também e que se ganhasse ia comer muito, então eu o convidei para comer comigo hoje a noite, depois ficamos traçando planos sobre o que aconteceria se nós dois ganhássemos e mais tarde sobre o que ele ia ser quando crescer. Foi então que o tempo passou, eu fui para o trabalho e aprendi que no restaurante se faz muita comida, e tudo se multiplica por 20 ou mais. Cozinhar envolve sentimentos, significa que você precisa sentir que está bom, pronto, legal, comestível, adorável e por ai continua.
Faltavam três dias para aquele sorteio acontecer, eu achava que ia ganhar, sempre confiei em minha mente. Melhor que trabalhar no restaurante era mesmo pensar, construir bases de sonhos trancados comigo e cercados com uma cerca elétrica. Minha (polar)idade intelectual não estava nada (ex)cêntrica. Acho que sempre tive esse complexo cheio de filáucia, em mim. Mas sem exagero, eu diria. A ansiedade assumia o comando das palpitações do meu corpo. Corações servem para isso mesmo.
Os dias passaram, minha irmã, Mac e Juan, (um cozinheiro mexicano do restaurante) sempre riam de mim, diziam que era impossível ganhar numa dessas, e que quando ganham acaba morto por inveja. Minto, o Mac não ria de mim, afinal ele também apostava. Eu passei esses três dias no centro de uma roda de observação, de um lado, o palpite concêntrico dos meus amigos de verdade, e de um outro, minha mente vagando em isonomia à lei de sorte.
Finalmente, o dia do sorteio, naquela época estes eram feitos para todo o público ouvir, e os alto falantes que ficavam pelos postes de luz se ligavam e todos ficavam a par da graça do novo "sortudo", eu diria. Eu vi muita gente com cupons de participação na mão, fiquei com medo de não ganhar, meu coração começou a palpitar forte, até que a voz começou a sair do microfone.

"Boa tarde ouvintes, pontualmente às 12:00 iniciamos nosso sorteio final, ressaltamos que este sai de qualquer maneira. E se, ninguém acertar o prêmio será fracionado aos acertadores de quatro e cinco dezenas. Boa sorte aos participantes, em quinze minutos o sorteio iniciará. Um abraço."

Tempo para (res)pirar, o desespero voava em mim como se quisesse examinar minha consciência. Eu me sentia voando no centro da Terra, e acho que nesta analogia a Terra era um mundo de surpresas. Mágico! E neste rápido espaço para pensar, os quinze minutos se passaram, estranho, deveriam ser os mais longos. Logo o locutor começou:

"Atenção para os números do concurso 4021:
Primeira dezena: 30
Segunda dezena: 05
Terceira dezena: 06
Quarta dezena: 40
Quinta dezena: 27
e Sexta dezena: 53
O sorteio teve apenas um vencedor, pedimos que o mesmo venha até alguma de nossas lojas retirar seus seis milhões de florins."

Como assim? Eu não ganhei, não entendia, entrei em desespero, eu tinha que ganhar. Pensando nestes momentos triste, ouvi Van Frank. gritando "Ganhei" três ou quatro vezes e depois "Vou me mudar para a capital, claro que vou." Logo deduzi que ele havia ganhado o sorteio. Ele percebeu meu semblante de tristeza e passou a ser sentimentalista.
-Querido filho de Ralf, eu ganhei este sorteio, estou rico para sempre. Olha, que sorte.
-É, e agora? Vai se mudar? - Disse para não mostrar minha tristeza.
-Vou, para a capital, quero montar algum negócio lá.
-Certo, e agora porque não nos vende a sua fazenda? Ainda temos aquele baú do papai.
-A fazenda é sua, não me pague, feliz aniversário, seja quando for o seu.
-Barão, eu... eu... muito obrigado.
-Não tem de quê, vou sair daqui, não quero morrer, vamos comigo até a fazenda.

O Barão nunca foi sentimentalista, nunca deu nada, e era muito mal com todos. Dizem que o dinheiro muda as pessoas, e é por isso que não me envolvi com ele. Meus sonhos se realizaram e agora eu vivo feliz. Afinal, sonhos servem é para escrever metas, estou certo?

Bom dia, saudade.

É, bom dia ou boa manhã, da maneira que não achar estranho. Hora de nascer com o sol. Hora de esperar o calor chegar, as folhas caírem e os carros ligarem o motor.
Hora de (des)ligar-se em renovação e esperança, desejar feliz aniversário ao clichê do bem e por fim se sentir humano. Por (con)tradição,  ser humano não é uma qualidade. Humanos roubam substantivos.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Dói ter que ser infantil sob pressão.

Relembrar. Epifanias do passado me entregam desespero como presente de natal. Eu amo as crianças, no sentido de ser pai de todas. São mágicas, (in)coerentes sem querer querendo. Fazem teatro sem nem saber atuar. Acho que o dia das crianças deveria ser todo sábado, e deveriam dar algodão-doce de graça na praça. Adultos não comem algodão-doce, engorda, é cansativo e et cetera. E é por isso que é preciso saber ser criança.
Me (des)culpe se não estou falando de sentimentalismo. Alguém já viu o Pedrinho imitando um passarinho? E a Maria jogando queimada? Sem analogias, hora de parar. É tenho que parar de tentar olhar nos meus próprios olhos procurando minha infância. Dói querer voltar.
E alguém conhece o motivo de eu e o resto dos seres humanos afogados em epifanias de arrependimento aprendemos a aproveitar os momentos só depois que eles passaram?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Passatempo novo.

Acordo, faço café e vou pegar minha condução. Não que eu seja dedicada e et cetera, não. Eu sou aposentada, erro de sistema, por tal eu ganho minha aposentadoria sem nem trabalhar. Me sinto (in)útil por atacar o sistema sem querer. Denúncias em silêncio são plenas de soberania. Pois bem, pego a condução e vou para a loja procurar coisas novas. Meu passatempo favorito são os video-games, com estes uso toda minha capacidade. A verdade é que todos esses jogos guardam um enigma em si.  E se sufocam em (di)lemas de sabedoria.
Não que eu seja Geek, Nerd ou faça parte de alguma dessas tribos. Eu sou neutra, ser neutra significa não ser notada mas existir. Isso é digno, acho que é a única coisa que sei fazer bem.
Hoje estou fazendo o mesmo trajeto de sempre, algo me toca diferente: não tem jogos novos hoje. Nem lançamentos, nem antigos, nem esgotados, nem nada que se possa zerar. Deve ser aquele balconista novo. Pois é... 

Cor de melancia.

Por certo eu deveria escolher cor de framboesa, ou não?  Defini com meu bom senso que  as cores são iguais, o que muda são os olhares. Que tocam e retocam, enxertam e rebocam, e por fim (im)põe suas definições, que não por coincidências são trágicas. Cores são partes fracionárias de um arco-íris. Cores... Resultados de nada multiplicado por tudo. Que é igual a? 
Quero (res)saltar coisas grandes, jogando estereótipos como ratos fulminantes assaltaram minha casa. Quero provar que chá-de-funcho não é bom, mas faz bem. É como brócolis na TV. Estereótipos são mini gravações postadas por amigos num cérebro que vive a base de educação alheia. Estereótipos são fatos que fazem os engraçados se gabarem e os portugueses se humilharem. Estereótipos são exemplos claros de clichê, mas não o clichê que eu uso(...)

domingo, 19 de dezembro de 2010

Esqueça aquilo ali.

Café, café, mais café por favor. Preciso de insônia. Tenho certeza que ela vai bater na porta. Isso é tão importante quanto notar por qual direção a  brisa de outono anda. Me sinto como um passageiro de um avião estragado que está caindo no chão e não consegue abrir o para-quedas. Sou um mergulhador mental, onde o mar é o mundo, e o tesouro que almejo é você.
Romantismo realmente é complexo, não sei o que (signi)fica para um ou para outro, tampouco para mim. As ilusões pulam na minha mente como se esta fosse um trampolim. E  esperando pairado no meridiano de epifanias, (se)paro  tudo. Motivo: a campainha tocou.
- Entre querida.
- Nossa, quanta chuva...
Pois é, sobra tempo para muito diálogo, até que eu durmo e ela também, sem ver e não é por ironia do destino. Como uma primeira (im)pressão. Como um primeiro beijo. Como o primeiro eu te amo. Essas sensações se misturam na minha mente de maneira que eu sonho que estou acordado. E então, o sol nasce, as flores brilham com o orvalho que acabou de cair, e é ai que eu acordo e vou preparar o café.
Eu poderia acordar dessa maneira por toda a minha vida, era o que eu mais queria. Pena eu não ter a guarda de minha filha.

Distância me lembra repetições.

Acordei mais uma vez assustado. Atordoado por aquela sensação ótima. Às vezes, as visões de mentira, recheadas de  (ir)realidade, se transformam, ou melhor, evoluem. Sensações boas, são para gente grande. E o grande que estou tratando não é o da idade. Na verdade estou falando de sonhos, daqueles que te obrigam voltar a dormir. Que enfeitam seus olhos mentais como  ping-pong ou um pêndulo indo da direita pra esquerda ou vice-versa grudando a cor dos seus olhos na direção do mesmo.  Estou falando de desejos que se transformam em ilusões positivas. Me refiro aos pensamentos que (trans)formam na mente, ocasionando imagens que estão por vir, (in)explicáveis.
É, acabei de acordar, hora de tomar café, refletir. Hora de me livrar desta (in)coerente decência. Que me deixa sem coragem. Será que um dia vou conseguir? Sou um maniáco, pelo menos em sonhos. Bom seria se roubar pessoas fosse certo.
Hoje tive o mesmo sonho de ontem, de antes de ontem  e etc também.
Eu, entrando pela janela na casa dela em busca de conquistar seu coração com ferocidade sem fim. Depois ela acorda e me beija(?!). Parece um filme adolescente, e é bem isso que eu quero. Filmes adolescentes terminam bem. Depois entrego uma aliança e pergunto se ela quer namorar comigo. E ai eu acordo.
Me defino um sonhador porque quando acordo eu fico terminando meu sonho em pensamentos. Quem sonha acordado é um sonhador. Um homem famoso disse isto. Não que palavras alheias sejam confiáveis, mas quando se sonha tanto não sobra tempo para confiança e conclusões.

Eu sou a (des)cobridora.


Minha tarefa é fazer você pensar, seja você quem for. Pensamentos são como facões que abrem matagais e te levam de volta para casa. Mas, antes de tudo eu tenho que (des)cobrir, lugares, palavras, respostas e tudo que deixa (interrog)ações voando no ar em busca de um sujeito, ações são a base dos predicados. Descobrir é fácil. Primeiro você presta atenção, depois guarda as pistas na mente. Por fim as organiza e faz com que o quebra-cabeça vire uma resposta.
E dos meus amigos, os quais eu mais ampliei os limites de pensamentos Joe foi o melhor, é que das pessoas que passam na sua vida, algumas deixam marcas, é como usar biquini num dia ensolarado. A diferença é que algumas  marcas sentimentais não passam, já as de biquini sim.
Joe era um anjo, um aluno que me tratava como filha. Lembro como se fosse ontem o primeiro dia que o vi. Ele veio em direção ao parque e de repente parou. Deve ter se perguntado, de quê se tratava aquilo. As pessoas chegam na minha casa e esquecem até mesmo de quem são, se entendem num filme de terror, onde só restam lamentações, e arrependimentos, coisas do ser humano. E foi assim com Joe, ficou observando a paisagem sem parar, incessantemente, e é para isso que servem as epifanias, descobri que corações, almas e mais alguns substantivos abstratos gostam de fazer piquenique. Logo eu o chamei como se quisesse acordar a mente dele:
-Senhor, bem vindo a bordo, vou ser sua professora.
-Oi garotinha.-Me respondeu carinhosamente e com educação soberana.- Você é professora mesmo?
-Todo mundo é professor, professor é quem sabe algo e consegue ensinar.
-Pois bem, espero aprender muito.
-Você deve estar faminto, vamos ao piquenique?
-É, não como tem quase dois dias.

Depois disto fomos comer, Joe parecia um bebê, já me disseram que as vezes as mentes esquecem de crescer. Não quero que a minha cresça. Parece que quanto mais você não é, mais você pode. Lê-se (con)tradição, de pessoas, de mundo, de tempo, de tudo. Certo é que a marca que Joe deixou em mim ficará para sempre. E é para isso que servem os amigos: são seus pais de aluguel. No qual a mensalidade é um pouco mais constante.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Arrependimento.

Sigo a trilha do trem imaginário. Um trem que me deixa num certo ponto, onde devo construir uma nova vida. Para quem não compreende meus fragmentos de dizeres, minha vida é uma pizza: Tamanho GG, de um sabor horrível, não vicia, atrai, nem nada que pareça positivo.
Não que eu não seja atraente, é que no momento me refiro ao meu perfil psicológico, que é horrível, a tal ponto que me perco concluindo constantemente analogias sobre pecados alheios. O saber sacia minha mente, pena que não comento sobre um saber sadio. Carrego comigo um (prob)lema técnico, não entendo sobre misturas,  me encontro como um sacerdote de casos alheios. Por favor, não queira entender o que falo, não é qualquer um que consegue. Não me culpe por ser enigmática, se não consegue me (des)vendar, o (in)capaz é você.
Pois bem, levando em conta que casos românticos ao meu olhar são como produtos com excesso de sacarose, dos quais te viciam mas te fazem mal. Levando em conta que eu adoro cereais sentimentalistas, novamente    tive de me desculpar por me viciar em uma daquelas causas (im)possíveis das quais, você precisa de sorte, destino em seu favor e água no corpo para chorar. Conheci alguém que parecia uma safira, preciosa, sem excesso, linda, com excesso. Este planeta que eu vivo é muito grande, e por sorte se acham pedras preciosas. Pedras preciosas são coisas valiosas e brilhantes, que atraem, valem "ouro", e geram brigas. No fim, elas acabam perdidas num lugar sem querer.
Estava eu tentando conquistar minha safira, eu sei pizzas não combinam com safiras, mas (senti)mentalmente falando, combinações não fazem o menor sentido, só servem para expor beleza, e belezas são para serem admiradas, não apresentadas ao mundo. E quando consegui, meu trem parou. Papai mandou eu subir e disse como sempre que estava na hora de ir. Hora de um novo lugar, hora de procurar uma nova pedra preciosa. E no trem, espaço para um diálogo comum:
-Pai, eu deveria te odiar.
-É o meu trabalho filha. Constância, minha lei. O que houve desta vez?
-O amor da minha vida, eu acho. Acabei de deixar para trás.
-Eu sinto muito. Não consigo agradar o mundo todo. Mas quero que continue viva.
-Você nunca mudará o que aconteceu. Nunca vou esquecer. Me arrependo por me apaixonar, não posso fazer essas coisas. Meu coração anda sem mim. Com você acontece isso também?
-Desculpa, desculpa mesmo. Falta pouco, vou parar com essa constância toda, prometo. E não, sua mãe morreu, não terminei com ela, e não sou de trai.
-Obrigado.
Não que eu faça analogias bizarras, porém aos meus olhos, paixões parecem partos de risco. Dos quais quase todos já viram e temem enfrentar, prometo que dá próxima vez não vou cair nesta lábia. Pena eu não saber cumprir promessas.  E no final, tudo vira um (con)texto que só faz sentido a quem vive, de arrependimentos, correria, mudanças, café e coisas atraentes. (...)

Analogias

Pressuponho... minto, (pró)suponho que errei. Fiz comparações drásticas, das quais não posso me recuperar. Existem passos em falso que tiram parte do seu corpo. Que não te matam, porém ofuscam sua terceira visão, (in)quieta o pulsar do seu corpo, faz com que a dor intelectual transforme em física. Por fim, me encontro como num desenho de metamorfose, como uma borboleta sem asas. Que deveria voar, mas não tem um avião.
Não me conceda críticas negativas, talvez eu não mereça tais, não sou digno de palavras vindas de neurônios do bem, e não quero nada que venha de neurônios do mal. É isso.

Carta aos demônios sem chifres.

Donos da lealdade inversa. Sim, donos da destruição que fez o planeta virar mundo. Donos de uma nação que está para cair. Cair num abismo, o mesmo que a sustenta. Donos do meu nervosismo, donos da minha ingratidão ao destino, donos do roubo, donos do pecado. Donos de tudo, menos de mim.
As palavras não conseguem sair da minha mente, parecem estar  pingando num copo como orvalho.
Se eu tivesse um helicóptero de hélices sentimentais eu estaria sobre voando um furacão, feito de mundo.
Hora de me isolar, i-so-lar (...)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Querida antiga casa.

Voltei em sonhos para você, dona do meu lazer, de minha pré-educação  et cetera. Devo agradecer tanto quanto a Mona, por me trazer aqui, por me proporcionar ilusões positivas, de que o mundo realmente vai ser lindo. Devo sem dúvida alguma denunciar escritores que dizem que não existem finais felizes. Afinal, eles existem, porém são finais, e não meios. E não vou denunciar meu final na juventude. Não mesmo.
Conto de fadas são para crianças, ou adultos que amam crianças. Quem não se encaixa nessas condições é um vilão, e estes não podem ter um final feliz, só em novelas invertidas. 
Já ia me esquecendo, fui ao mundo das (in)coerências procurar decisões e (in)verdades que realmente existiam, e acredite, não encontrei. Deve ser por que eu estava sonhando, e nos sonhos só se vê o que se pensa. Ou vice-versa: penso, logo sonho. Minto! Cegos sonham, e a questão é maior, cegos tocam piano de óculos escuros. Quem compõe é um sonhador, mesmo que acordado, sonhadores são pessoas que conseguem ver duas coisas ao mesmo tempo, e dão atenção só a que não é importante: A (ir)real.
E mais uma vez, venho dizer que estou me adaptando mal, minha casa é gigante, e tenho como lei (des)vendar tais mistérios. Não é todo dia que eu venho de um orfanato diferente para um castelo sem fim.
 Por fim, venho dizer que amo vocês, mães de aluguel sentimental, e irmãos de consideração clara.
De Ralf  Stein 
Para  Orfanato Gemütliche Träume.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Hora de reatar com a mamãe.

Eu sempre odiei minha mãe. E juro, não era papo de adolescente. Quando eu tinha 18 anos, ela achou que eu estava grávida. Sim! Logo eu, a mais responsável do que entendo por laço familiar... Pior, ela me jogou na rua. Não queria bebês em casa, e olhe que eu só arrumei um namorado com 20 anos, e foi difícil, afinal eu vivo tímida com o mundo... Levo o conceito de "não fale com estranhos" muito a sério. Tenho vergonha do mundo: ele é profano eu não,  eu sou uma garota, acompanhada a todo instante da Senhorita Decência, ela sim te educa, e faz do usuário alguém considerável.
Voltando a história, quando mamãe me jogou pra fora, eu jurei me vingar e disse que se eu não me vingasse, alguém ia se vingar por mim. Me envergonho só de pensar que aquelas palavras cheias de raiva, ódio e tudo que não foi usado na receita das super-poderosas saiu da minha boca. Verdade é que odeio minha mãe, ela fez algo errado, e não se arrepende. E o pior aconteceu: ela adoeceu, arranjou um tumor gigante no cérebro. Meus amigos dizem que eu tenho de dizer bem feito, vou herdar bastante daquelas terras quando ela falecer. Ainda acredito que mamãe só não sabia demonstrar sentimentos.
E com todas essas fatalidades que me vinham a mente transformadas em desespero por eu ter "rogado isso a ela" eu não conseguia dormir, tinha que ver mamãe, pela última vez, eu refletia. Meus pensamentos pareciam um quebra-cabeça de mil de peças onde estão faltando duas mil peças perdidas. Sim, impossível pensar. Sabe o que é isto? E foi então que decidi sem pestanejar conversar com meu irmão, que morava com ela. E por sorte ele me encontrou na feira do sábado.
-Nossa mãe está doente, você não ficou sabendo? - Me questionou como surpresa.
Fiz silêncio, e ele falou novamente comigo.
-Mona, é seu irmão. Fala comigo, por favor.
Então eu o respondi.
-Nossa mãe não! Ela me colocou para fora de suas "asas protetoras", como quem coloca lixo na rua, ela é mãe do lixo? Talvez seja uma lição. Tenho que ir.
-Você é tão sentimentalista, quem é sentimentalista sabe perdoar qualquer um. Não sei se devo dizer isto, mas mesmo doente, ela usou uma das últimas palavras que lhe restam pra dizer que você não presta, e et cetera. Prova o contrário.
-Eu não presto, não posso. Talvez, meu ar que não presta piore a situação, sabe como é.
Meu irmão apenas dedicou sua atenção, via tudo, ouvia tudo.
-Sabe, eu amo minha mãe, amo muito. Mas ela não me ama. - E comecei a chorar, mas não deveria. Que vergonha!
-Mas você sabe como ela é.
-Sei. E você sabe o que é sofrer por amor? E quando sofre por amor da própria mãe? Me sinto como um peixe, num aquário sem água.
-É minha irmã, é fácil te entender. Eu já vou, mas lembre-se. É sua mãe, sua mãe. Acho que é você quem precisa ver ela.
Chorei mais. Ela não parecia minha mãe, tinha medo dessa palavra, tenho até hoje. Acho que foi por isso que corri atrás do meu irmão. Tinha que ver minha mãe, quem sabe doente ela não seria mais... humana?

Quando cheguei no hospital, minha mãe estava em coma, entrei no quarto dela, meio que sem poder, fui até o ouvido dela. E disse um "eu te amo", bem carinhoso, como se fosse um filme mudo, só que esse filme era em coma. Dois dias depois, ela faleceu, fui no velório e até fiquei triste. Porque agente nunca sabe de quem vai gostar, a não ser que este alguém seja a sua mãe. Não dá para evitar. E quer saber? Tenho saudade. Não sei de quê, mas tenho. Saudades de ter um anjo da guarda de verdade, é que não sei a palavra certa. Queria que o mundo me olhasse com olhos de amor. Mas acho que não existem olhos de amor.  Afinal, o amor é cego (...)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Para serem (des)cobertas (...)

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A felicidade chega a minha mente como fogos de artifícios modernos: irradiantes, coloridos, rápidos, cheios de tudo. A alegria move meu corpo como se fosse uma articulação principal. Me entendo como realizado.
Sinto que o tempo não nasceu em mim, até seis meses atrás, agora o tempo anda comigo, lado a lado, correndo contra mim. Estou  novo em folha, como uma roupa nova que acabou de ser comprada e precisa ser usada, mostrada, apresentada ao mundo. Me sinto, isso é importante. Pra quem não me entende, eu comecei a aprender andar de bicicleta ontem, e hoje já assumo a responsabilidade mais que ousada de andar sem uma mão... Para quem nem sentia as pernas isso é tudo. Agora? Vou em busca dos sinais, das estradas, da brisa única, que eu nunca senti. Sinto que está na hora de voar com os pés, na hora de fazer os livros que eu li virarem realidade. Minha vez de amar,  andar, viver, ser, ir, sorrir, descobrir. Brincar com as vogais que estão ai no mundo... 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Multiplicando clichês.

Consegue ver? Eu sigo as normas óbvias sim. Repeti mais uma vez esse título. Por completo não... isso sim é clichê.
Quero que o mundo se conheça. Entenda que é uma bola fragmentada e gigante, plena de repetições. Logo, meu conceito literal de criatividade é um mar sem fundo, no qual o horizonte ainda é mar, e o objetivo é (des)vendar os mistérios que navegam por ai, já descobertos ou não. Afinal é (im)possível descobrir se as ideias, ações, rea(liza)ções já foram cobertas pelo destino rotulado por vento. Com isso, deixo minhas palavras afogadas numa banheira de infinidade, com aventura, piratas, tiros, amigos, histórias e et cetera (...)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Eletrônico.

Corpo a corpo, tempo a tempo, pensamento sobre pensamento, como turbinas mecânicas de uma máquina voadora. Descobri hoje que meus olhos são confusos. Tudo chega na minha mente ao contrário, e com um cérebro bem educado de maneira mecanicista natural eu volto a ver normal. Saiba você (quem?) que isto acontece com você também. É natural, normal, é automático.
Automático, outra palavra que anda me confundindo como um pássaro domado sendo livre. O atrito está no começar errado, coisas automáticas revolucionaram o mundo, Mona sempre diz "antigamente, isso era assim". E quando eu mencionei querer ser um cientista famoso ela me disse que o trabalho de um cientista é procurar pequenos detalhes, em pequenas ou grandes coisas, dedicando um crédito (in)estimável. Logo eu vi que é muito pra mim. Ou não. Só penso que pode não ser o espelho do meu perfil. Só sofre consequências negativas quem não se conhece. E isso eu sei (...)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Liberdade de pressão já!

Perdão se não cumpro o calendário de ações que você almeja. Verdade ao meu ver incoerente é que cumprir só é válido para promessas. Vivo errado, ou não. Questão de suporte, de olhar, de ficção. Ficção é um sinônimo bonito de mentira, parece mágica, que é algo surpreendente. Faça suas ligações, esta é a minha.
Decidi ver o mundo com olhos diretos, sem piscar, com ousadia. E fazendo isso meus olhos foram como mágica para um lugar sem nome, que não precisa de uma graça para ser perfeito. Sabe-se lá como, verdade é que  o  meu calendário de ações está em haver. Dívidas sem notas fiscais não são dívidas.
 Novamente você ( que lê isto ), pode se definir confuso. E o que eu peço: trate minhas palavras como um labirinto onde o fim é o começo. Só assim você me descobre, só assim você se descobre.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Campos de morango

Vermelhos, saborosos de olhar, paladar, tato e mais algum sentido soltado com desleixo pelos cientistas baratos pesquisadores do corpo humano. Campos de morango, uma manobra plena da agricultura sentimentalista, uma grande mina com pontinhos vermelhos semelhantes a coraçõezinhos suspensos do chão por alguns centímetros que os fazem não ter medo de altura. Campos de morango, que (o)briga seu olhar a trabalhar piscando, como se perfeição fosse crime. Campos de morango, que lhes dão esperanças gigantescas, sem limites, isentas de burocracias mentais, livre de (res)sentimentos  lançados num campo de borboletas como um tumor benigno e maligno incurável, indomável. Campos de morango, como um campo de corrida, onde o maior aliado é o tempo.

Cupom premiado,

"Ã?!"
Sim, premiações. Você já foi premiado? Grande coisa... Sem ironia, ser premiado é como encontrar uma agulha amarela ou dourada num palheiro com palhas singelas de tamanho e douradas, é extremamente difícil. Por consideração óbvia, uma agulha dourada vale mais que uma palha dourada.
 E é por isso que vim falar do cupom premiado! Não, não sou um anunciante na TV aberta, o cupom premiado passa de algo premiado, afinal é um cupom, um cupom premiado, que te da o direito de, de, não importa, isto se define aleatoriamente pelo destino (ou não), numa frequência totalmente isenta de (im)paciência.
A questão é que sempre que você ou alguém por aí é sorteado com algum cupom premiado, algo de bom ou ruim acontece. Mas algo surpreendente. Isso é o fragmento que nos toca, todo cupom premiado é uma caixinha de surpresas tecnicamente eu penso. Caixinhas são caixas pequenas, surpresas são emoções grandes. Logo a conclusão que vem a mente, é que um cupom premiado é um espaço de contradições.
Entendeu? Não? Que seja. Não está na minha lista mental dar explicações. Só dicas, como artigos definidos e indefinidos. Pensando bem, o que é uma lista mental?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Do simples ao mais simples ainda.

Bem vindo ao pôr-do-sol, dizem que em Fernando de Noronha é um ritual acompanhar tal sobremesa para os olhos, não sei. Nunca fui lá, por sorte o por-do-sol acompanhado de imensa beleza, decência e perfeição aparece em todos os lugares (quase todos).
E foi com este (in)comparável método de exemplificação de fim que eu encontrei meu presente de iniciação, entende a con(tro)versa? Fim, iniciação, tudo em minha mente. Acoplado a um contexto pleno, sem meio, com fim.
E andando acompanhada de muita paz quase me tropeço, motivo: um objeto camuflado na grama. Acompanhada de uma brisa tão inspiradora, um por-do-sol tão satisfatório aos meus olhos sentimentais ou não e por fim comigo caminhava uma premonição positiva tão (in)fluente quanto... é, não sei explicar.
Debaixo daquela grama tão minha um livro marrom, eu julgo livros pela capa e meus preferidos são os marrons. Sem título, e sem as 21 primeiras páginas, merecedor de páginas contadas, digno de um marca-texto, digno de trezentas páginas repetindo sempre a mesma mensagem:
"Olhe ao leste, sua casa está em exatos 53 metros. Olhe ao oeste, o por-do-sol ecoa silenciosamente mais longe que o horizonte. Pare, ouça suas palpitações, deixe-as vidrando na sua mente, desvende as palavras que estão por vir, descubra o que é óbvio, descubra o que você merece.
Minha maior intercessão . Sua felicidade plena, como um nascer-do-sol infinito,  como um tempero secreto de família novo. Quero que sua vida não pareça de verdade. Almejo que seus mais perfeitos sonhos sejam apenas dejavus. Meu maior sonho é ver a dádiva mais exuberante de toda a superfície em questão, seu sorriso. Sei que você é atenciosa, por isto escondi tanto este livro, é claro que você ia encontrar, óbvio.
Acho que devo as explicações de tudo isso também:  21 páginas em branco, são os anos em que eu não te conhecia, minha vida não passava de nada, eu vivia na procura de alguém que me fizesse ir a academia sentimentalista. Por sorte te encontrei, acompanhada da perfeição que lhe faz juízo claramente, que quero levar a um futuro próximo e eterno. Após te encontrar, precisei de 53 dias numa intensa batalha comigo, com seu coração, numa conspiração que parecia eterna em me deixar te conquistar. Acho que consegui, você disse que me ama não disse? Eu também.
E hoje, fazem trezentos dias que conheço a pessoa mais impressionante do mundo. 
E para que eu faça sentido, preciso de você.
Abra o marca texto e pegue sua aliança. Quer se casar comigo? 
De: você sabe quem."

Fechei o livro, peguei a aliança e voltei para casa, em busca do amor da minha vida.
Depois ele me disse que o horizonte era até onde eu ia com ele,  e que se o horizonte fosse o infinito, eu era seu horizonte. Esta é a minha, minto... nossa história, com um começo, meio e um (...)

Repórteres do clichê.

É a primeira vez que eu uso meu título como um outro título, e não quero que seja a última. Neste momento permaneço vidrado num mundo de letras sem ousadia alguma. É como deixar as letras te levarem.
Adaptações com êxito flexionam minha mente, lê-se xadrez (o jogo). Mas o que quero falar é sobre os paparazzis da repetição, ou por outro significado. Envio-lhes meus in(consoláveis) "parabéns", é... saudações completamente irônicas. Odeio parapazzis da repetição, odeio!  São constantes, constrangedores, (con)testadores,repetitivos, repetitivos e repetitivos também.
Por fim dedico meus pêsames carentes de felicidade alheia para quem me dedicou um significado sobre reticências, dedico palavras a quem me ensinou a conspirar sozinho, dedico frases para meus professores de contestação.  A você ao mundo, ao infinito (...)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Quem é o Planeta?

Querido Etvaldo de minhas tardes de sexta-feira (ele só vem nas sextas). Exijo agora como se eu fosse uma criança mimada a resposta destas questões: Afinal o que é o planeta? O que ele quer? Ele vive? Ele é legal?
Você não vive viajando pelos planetas e blábláblá?
Tudo que sei, é que temos de salvar ele, não jogando lixo na rua. Ele deve ser um ambientalista chato, odeio ambientalistas chatos. Eu sou super educado, nunca jogo lixo no chão, porém, se existe lixo perto de mim, sempre tem um ambientalista chato para me culpar, porque? Será que esse ambientalista trabalha para o planeta? Não sei, não me faz juízo... Amada Mona que me educou perfeitamente, eu não prejudico esse  planeta, nem quero prejudicar...
Acabo me rotulando como um ambientalista chato, droga. Quero um globo terrestre, azul, redondo e bem colorido.
Um globo terrestre se você não sabe é uma casa de cores, bem azul e branquinho nas pontas... Absoluto de nomes, alguns engraçados, outros chiques. E servem para rodar e sair do tédio, se você estiver nele, o Antonino tem um. Ah, por fim, globos terrestres servem para calcular distâncias, dolorosas distâncias.
Ai que dor.

Copos americanos

Já fez pães-de-queijo? Pois é, agradeço claramente a minha educação bem visada no âmbito da gastronomia. Cozinhar é a melhor coisa do mundo, ou seria a segunda? A questão é que, para se cozinhar usamos um copo americano, coisa de quem não tem uma chícara original. É até melhor, não acha? Agora para chegar na onde quero chegar: o copo americano é uma medida perfeita, perfeita. Frágil, trabalhado, útil e bonito, já tomou suco de maracujá num copo americano? A espuminha branca fica tão viciante...  E leite com achocolatado? O chocolate em baixo do leite é tão chamativo!
Foi pensando assim que cheguei (ou não) a conclusão de que um copo americano é um representante fiel de sentimentalismo. Perfeito para cozinhar, bonito, pequenininho, viciante, chamativo, adorável.
Falando isto eu pareço um tolo, e é bem isso que eu sou.
E me orgulho (...)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Desculpa vida, desculpa água (...)

Partindo da suposição concreta de que toda pessoa com mais de cinco anos tenha vivido aquele momento triste, depressivo de agressão constante com seu destino, eu vim aqui manifestar meu sentimento parecido com esse.
É como uma raiva com o destino, com você, com o mundo, com todos, todos, TODOS! Conhece a expressão quebrando em lágrimas? Não? Eu conheço, eu vivo. Me julgo errado, e se julgar-se certo é errado, imagina o oposto? É, preciso pedir perdão, por algo que cometi no calor do momento. Acredita que não conheço meu passo em falso? Desculpa destino, desculpa vida, desculpa água, que é essencial, que é base. Que é você. Que sabe dominar espaços sentimentais que entende de repetições, mal entendidos e corações.
Volta para mim, paz.

O castelo (in)finito.

Sem medo de procurar as pontas da minha adorável grande casa eu vivia sempre com um pé na frente. Eu poderia ter usado a expressão pé atrás, a questão é que minha casa era realmente gigante.
E se saber é sua pretensão, começou assim: Eu nasci e fui logo pra um orfanato, era legal. É que minhas 'mãe's por aluguel eram humanas, não bastasse o fato totalmente incoerente de eu não ter uma mãe materna de sangue bem materno mesmo sabe? "Materno!" Tenho medo de usar esta palavra, me trás lembranças... minto, não me trás lembrança alguma. Continuando, com dois anos eu fui adotado pela minha mamãe de criação e pelo meu papai legal, ela não me conta quem é, porque para mim ela é a Mona e meu papai o Papai mesmo. E como eu moro num castelo, exuberante, gigante, bonito com uma escada infinita e um quarto redondo eu vivo feliz. Feliz entre aspas, afinal sempre vai dominar em mim o vazio de encontrar minha mãe, a materna me compreende?
Afirmo que é imaturo falar com estranhos, entenda que não sei nem com quem falo. Sou irresponsável, não entendo tampouco porque exponho meus pensamentos num papel. Não! Isso aqui não é um diário, é um pacote de folhas nas quais escrevo o que eu penso, pensei e pensarei, aqui eu coloco verbos e eles param em algum lugar do meu quarto.
Agora se me permite vou novamente descobrir mais minha casa, minha vida, minhas coisas (...)

Ralf Stein, 9 anos

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Temática.

A parte mais difícil eu já fiz que é o primeiro passo sabe? Ai agora vem a bem mais difícil que é me livrar da vergonha de sei lá o que. A questão é que, eu já tenho quatorze rascunhos e não sei qual escolher, lê-se perfeccionismo. 
Minto, não devo usar a perfeição como objetivo, fica tudo tão lindo sabe. Nada contra mas é que...
"Cobras são cordas coloridas
Contorcidas ou retas,
venenosas ou queridas
malvadas ou malvadas
imprevisíveis ou não.
Dignas de... de...
pois é, esta é a questão (...)"

Acho  que os poemas que  não fazem sentido para os leitores  são maravilhosos, não tente se enquadrar, ao passo que pode ser perigoso. Não quero falar da princesa. Quero falar da serpente, posso?
Obrigado, tenho que cozinhar.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Considerações iniciais (...)

Acompanhando da (in)decência, da (in)dependência e sem esquecer da inevitável carência, eu voltei a dizer, o que eu julgava (ou julgo) meu. Palavras, frases, (con)textos etc. vindos de mim, seja como for.
Entendeu? Não?
É o seguinte: eu sempre fui apaixonado pela leitura/escrita, assim como, pressuponho você (que lê isto) é. Eu já tive... Oops! Sem passado por aqui (...)
Superficialmente falando eu fui retirado educadamente de todo este âmbito de diário on-line, não que eu tenha errado. Não fui expulso, fiquei sem tempo, digamos assim. Eu não parei com minhas escrituras... tanto que meu quarto é uma biblioteca de textos e mais textos, meus ou nossos. 

Resumindo (sem delongas), eu preciso escrever. Assim como todos...
 A diferença é que minha mãe não varre meu Blog.