Até onde acertar é lucrativo? "Conte histórias para os contadores, seja infantil até depois de amadurecer." Para quê? As cartas da tal inocência andam me dando palmadas, aquelas bebidas vinháceas que ganharam meu não estão me dando o troco. Falando em troco quero ensinar como comprar pães:
* Pegue seu casaco mais exuberante, seu chapéu mais frondoso, sapatos belos e (cham)ativos que quase andam sozinhos.
* Saia correndo pelo portão principal, brinque com a neve ou com a neblina (só se compra pão bem de manhãzinha.).
* Procure uma placa com esse nome: Bäckerei, entre.
* Procure o mais belo pão em qualquer sexta, se for pequeno pegue mais de um.
* Entregue ao balconista e peça que este "coloque na conta da Mona". ( não sei o que isso significa, mas é necessário.)
Fim. Pode parecer loucura falar sobre pães. É que me perguntaram como se pede alguém em namoro, é como comprar um pão.
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sábado, 30 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Até quando?
Uso (interrog)ações, querendo exclamações. Custo a entender e quero passar o alimento mastigado como os bebês-águia recebem. Sou um pai, um pai pequeno. Qual será minha abreviação? Até quando será uma abreviação?
Até quando. Articulador, perguntador, questionador. Dor, dor, dor. Pleonasmo vicioso, seta a baixo, pleonasmo doloroso. Cheguei ao ponto!
Até quando usarei minúsculo em virtude de maiúsculo? Até quando vou rir pra esconder a verdade, o sentimento? Até quando vou esconder puberdade com psicologia reversa? Psicologia revice e versa eu diria.
Flexione seu pseudo, sigam as dicas do primogênito, do higiênico com suas explosões articulantes. Gritantes. Ambulantes!
Amarre a gravata, faça um enigma e simplesmente jogue aos bobos.
Até quando. Articulador, perguntador, questionador. Dor, dor, dor. Pleonasmo vicioso, seta a baixo, pleonasmo doloroso. Cheguei ao ponto!
Até quando usarei minúsculo em virtude de maiúsculo? Até quando vou rir pra esconder a verdade, o sentimento? Até quando vou esconder puberdade com psicologia reversa? Psicologia revice e versa eu diria.
Flexione seu pseudo, sigam as dicas do primogênito, do higiênico com suas explosões articulantes. Gritantes. Ambulantes!
Amarre a gravata, faça um enigma e simplesmente jogue aos bobos.
Com carinho, Ralf Stein, Alguém que sabe ser bobo.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Não é a última dica.
O inverno chega, antes de parecer que chegou. Antes do papai noel. O inverno, clássico, decente e (i)moral. De repente você acorda e sai correndo assustado a procura do seu maior casaco. É então que se percebe os (pré)fixos são (pré)conceitos. E que se pode brincar de neve. Simplesmente por que ela é brincalhona. Inverno, hora de pular e se (cha)coalhar de frio. Hora de pedir presentes e fazer contagens regressivas. Hora de fechar as aspas e dar vida ao morto. Hora de se sentir diferente. E ser diferente. Inverno, tempo das flores celestes (...)
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Cinquenta pensamentos.
Multiplique, aplique, seja. Conceitos ou termos gregos expressos em um turbilhão vermelho, que gera energia. Analogia complexa é igual a enigma complexo. Sim, analogia. Analogia, dentro de analogia. Pedra sobre pedra formando um casarão. Rimas perplexas: errante, gritante e irritante. É a vida, a perda de tempo, o horário de almoço. Hora de cochilar, ouvir a música natural de nanar, que começa com Z e termina com uma hora da tarde.
Complicado? Não, confuso eu diria. Aliás, eu não digo nada. Apenas (Re)vivo tudo isto, em letra maiúscula para (im)por meu (res)peito que sugere briga, pelo poder e pela graça. Me entende? Pois não, eu sou o garçom da minoria, embora isto não signifique que eu trabalho pouco. Se não me entender, leia de novo. E se não entender com duas chances, seja garçom da maioria, e assim você entenderá a minoria (...)
Complicado? Não, confuso eu diria. Aliás, eu não digo nada. Apenas (Re)vivo tudo isto, em letra maiúscula para (im)por meu (res)peito que sugere briga, pelo poder e pela graça. Me entende? Pois não, eu sou o garçom da minoria, embora isto não signifique que eu trabalho pouco. Se não me entender, leia de novo. E se não entender com duas chances, seja garçom da maioria, e assim você entenderá a minoria (...)
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Remédio.
Quer continuar? Quer mesmo continuidade? Justiça física, sem repressão "superior"? Use a natureza, as ervas do bem, mentais. Se não me entende, não é digno. Logo aprenda a (des)vendar mistérios. Como o Scooby Doo, reflito sem sua permição. Por você, eu diria. Digo que enigmas são remédios. É isso que quero dizer. Quero começar errando, para terminar sorrindo. Quero fazer macarronada para os esfomeados da África, e depois vou construir uma casa no Pólo Sul. Agora só me falta ter tamanho. No quíntuplo sentido, se me dão licença, é hora de dar espaço, para ter tamanho. Pegar um instrumento musical pequeno, e tocar pelas ruas. Tudo isso, por fome de conhecimento. Por que eu sou um bebê. Um pedacinho de areia, navegando sem motor sob um sol causticante usando combustível renovável, mesmo sem ter motor. É por isso que eu amo (con)tradições, se eu não entender, ninguém entende. E é ai que se percebe que ninguém é alguém. Que pode estar comendo macarronada na África ou passeando no Pólo Sul. Bocas tem dois lados, línguas tem cinco. E eu? Quantos lados tenho? Tenho que somar ou me adequar? Faz sentido? Interrogação, doce pedido.
Eu não tenho um diário. Nem quero. É triste ter uma história só pra mim. Quero que o mundo saiba. Não só de mim, mas de você, que lê, que (pre)vê o fim. Onde você come quando está com fome? E sua mente? Onde ela se resfria quando está quente? E seu namorado? Onde vai quando você está chato ou chata? Eis a questão. Onde você vai quando está triste? E quando está (in)justiçado? Onde você grita quando ganha na loteria? Onde você grita quando perde algo? E o que você faz, sim faz. O que você faz quando trata alguém como algo? Isto é bom?
E é então que o bebê da dicas aos professores. Dicas são perguntas com respostas. Autocríticas, onde o crítico já sabe os erros que deve enfrentar. Fechar os olhos significa pegar um instrumento e sair tocando e cantando nas ruas só com sede de descobrir. Já se imaginou fazendo isto? Não? Pois é... hora de sentir vergonha.
De: Ralf Stein.
Para: Antoine.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Inscrição.
Não quero transcrever pensamentos, brigar com minha mente, falar de amor, ou qualquer coisa viável. Convido os animais fofinhos do campo florido na Bélgica a se servirem das flores que eu cultivei em pensamento. Alerto aos que entendem sobre o fogo do bem, sobre a guerra dos (dis)simulados, alerto as tribos que sofreram estes (im)pactos de lealdade. E por fim, peço ao dono da fama, que avise para quem conseguir, que o mundo é um bebê, tão bebê que só sabe brincar de girar (...)
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Ganhei, perdi.
Minhas tardes sempre foram inúteis, eu não tinha nada a fazer em tais momentos, de um lado, um sol causticante derramando sobre mim que me deixava acompanhado de um tédio que me consumia como um alimento mergulhado em coca-cola. E por outro lado filosofias mentais, meus pensamentos pujantes sobre os meus últimos dias, e (re)flexões intelectuais sobre o que eu tinha para me decepcionar, os momentos e aqueles segundos que pareciam mais que o normal, normal este que eu mal fazia memória de o quê realmente era. Sempre me perguntei sobre os meios. Afinal, todo mundo fala sobre os lados e esquecem os meios. Talvez seja o mais importante. E com a TV ligada eu ouvi um anúncio de cine trabalhista. Sabe, trabalhar é muito bom. Serve para ganhar dinheiro e usar o tempo. E o trabalho era de cozinheiro. Eu adoro cozinhar! Resolvi ir procurar.
Quando cheguei no cine, encontrei uma garota de saia preta e blusa branca, com o cabelo preso. loira de olhos quase brancos de tão claros. Logo a perguntei:
-Boa tarde Senhorita, meu nome é Sílvio, meu pai tinha um restaurante, aprendi tudo o que sei com ele e queria saber sobre o emprego de cozinheiro.
-Boa tarde Senhor. Certo, aqui diz que você precisa ter um curso técnico, se você não ter, tente mostrar o que sabe, dizem que o dono deste restaurante é bem humano. Aqui está o endereço.
Eu não podia perder. Meu pai sempre me falara que cozinhar era o melhor remédio, e eu não sabia de qual problema. Agora já, o tédio. Peguei o endereço e fui sem demora para este restaurante. E quando cheguei vi uns cinco mendigos comendo na porta de trás deste restaurante. Logo pensei, se meu futuro patrão é solidário, então vamos nos dar certo.
Até hoje eu vivia a base de minha pequena fazenda, minha mãe deixou ela pra mim. Eu plantava, colhia e cuidava de todos os animais. Vivia a base de meus próprios produtos e todos meus impostos já estavam pagos. Todo sábado eu escolhia algumas verduras bonitas e as levava para feira e dava a quem precisava já que eu não precisava de dinheiro. Na verdade eu sou fanático pelo escambo, deixa tudo original e real. No meu caso eu troco coisas por sorrisos.
Ao entrar no restaurante, procurei pelo dono. Me disseram que ele estava numa casa lotérica, e então eu fui nesta casa lotérica.
Chegando lá, um anuncio gigante com uns cinco ou seis zeros vermelho e azul. E encontrei também o Mac, o dono do restaurante, (re)conheci ele pela camisa vermelha de desenho amarelo, logo o chamei.
-Você é o Mac?
-Sou... E você? É quem?
-Sou o Sílvio, quero cozinhar para você, isso vai me livrar do tédio.
-É, temos muito trabalho no meu restaurante, mas se quiser ganhar algo vai ter que trabalhar bastante.
-O que eu vou ganhar?
-Salário...
-Ah, certo... A moça me disse que eu preciso de um curso técnico, mas eu não tenho... Porém cozinho desde os oito anos, aprendi com meu pai, que era dono de um restaurante.
-Meu caro, não posso te registrar sem um curso...
-Deixa eu cozinhar para o senhor, vai que você gosta.
-Ok, então vamos. Espere, vou só fazer uma aposta.
-O que é uma aposta? Não sei sobre estas coisas... Minha mãe disse que seria bom para mim.
-Você não sabe?! Aposta é um investimento ousado. Você escolhe algo, dá uma certa quantia em dinheiro e se ganhar você ganha dez, vinte vezes o seu valor de investimento.
-E é fácil ganhar?
-Não... depende de sorte.
-Eu não tenho dinheiro, pode me emprestar? Quero apostar naquela da porta que tem um monte de zeros. Depois desconta do meu salário.
-Aquela é complicadíssima de acertar. Mas é a mais valiosa. Claro que pode apostar, não é tão caro assim, é só difícil de acertar.
-Certo, como eu faço?
-Escolha seis dezenas e as marque no papel.
-Certo, quero 05-21-30-40-41-53. Vou marcar.
-Ótimo, agora você leva para o funcionário do caixa e entregue junto este dinheiro. Ele vai te entregar um cupom. Se você ganhar use ele para pegar o prêmio.
-Obrigado senhor, foi divertido.
-Não tem de quê, sou apaixonado por números, e apresentar essa paixão a alguém é gratificante, vamos ao restaurante?
Esse Mac me lembrava alguém, era divertido, usava um chapéu dourado e redondo, botas pretas e tinha um olhar de vigarista do bem, se é que isto existe. A questão é que ele me apresentou o mundo capitalista, que é um mundo normal onde o rei não tem vida própria, ou tem? Não faz diferença, no dia eu não parava de pensar e repensar se eu ia ganhar, isso sim tirava meu tédio. Se eu ganhasse eu ia comprar uma outra fazenda gigante para a minha irmã a do Barão Van Frank. um velho amigo do meu pai, mas que recusou de qualquer maneira vender a fazenda por um preço bom, se eu ganhasse daria todo o prêmio por ela.
Minha irmã morava na minha fazenda, só que em outra casa, eu amo minha irmã porque ela é inteligente e dedicada e linda. Não entendo se certo era definir minha irmã como feia, afinal é isso que ocorre na TV. Os irmãos brigam e se xingam e depois dizem que não querem mais conversar entre si. Tanto faz, a TV é um (passa)tempo impresso em cores e som. Depois fomos ao restaurante, e lá eu cozinhei para o Mac ver, ele gostou da minha comida e disse que eu podia trabalhar com ele, desde que eu fizesse meu curso de gastronomia neste período. Voltei pra casa e comecei a pensar.
Nunca pensei que sair do tédio era tão fácil, depois disto eu posso até escrever um livro. Ou não? Hora de ser fã de particularidade. Particularidade é algo como especialidade, significa que o seu muito não passa de pouco, é bom. Tudo fica especial, lembrando que tudo é nada. Particularidade intima a (con)tradição e faz da mesma importante.
"Hora de dormir, hora de sonhar. Sonhar é um exemplo de efetividade, que eu não vou explicar o que é afinal é triste. Como eu ia dizendo, hora de dormir. Dormir, refletir minhas ilusões deste mundo num outro que é exemplo pleno de particularidade."
Escrevi isto num papel qualquer, quando eu era criança eu tinha uma professora particular que me ensinou a escrever e pensar. Depois ela me deu um diploma e disse que agora era hora de aprender sozinho. Professores são seres humanos que tem o dom de (in)constância. E quando acordei fiz o café e chamei minha irmã, ela sempre come na minha casa. Sentados à mesa eu falei da novidade.
-Sophie, não sabe da novidade, eu vou trabalhar.
-Onde? Como assim? Você não precisa trabalhar.
-Preciso sim, tenho muito tédio, e trabalhando só sobra espaço para voar, eu vou ser cozinheiro sabia? Cozinheiros tem que saber voar.
-E onde é que vai trabalhar? Num restaurante?
-É! O dono chama Mac, e tem um chapéu legal.
-Está bem, espero que divirta-se, mas tome cuidado.
-Mas é claro! Ah! Tem outra coisa, eu fiz uma aposta. E quando eu ganhar vou te comprar o sítio do Barão Frank, ele não quer aquelas terras mais, e você ama elas.
-Irmão, você é louco, não dá pra ganhar com uma aposta como dá para piscar os olhos ou morder os lábios.
-É só acreditar, acreditando tudo pode ser verdade, tudo teria sido diferente se você acreditasse em minhas verdades não acha?
-Errado! Vamos tomar café.
Depois do café eu fui para o meu trabalho, Mac disse que eu estava três horas adiantado e então eu fiquei conversando com um garoto lá, ele disse que tinha apostado na loteria também e que se ganhasse ia comer muito, então eu o convidei para comer comigo hoje a noite, depois ficamos traçando planos sobre o que aconteceria se nós dois ganhássemos e mais tarde sobre o que ele ia ser quando crescer. Foi então que o tempo passou, eu fui para o trabalho e aprendi que no restaurante se faz muita comida, e tudo se multiplica por 20 ou mais. Cozinhar envolve sentimentos, significa que você precisa sentir que está bom, pronto, legal, comestível, adorável e por ai continua.
Faltavam três dias para aquele sorteio acontecer, eu achava que ia ganhar, sempre confiei em minha mente. Melhor que trabalhar no restaurante era mesmo pensar, construir bases de sonhos trancados comigo e cercados com uma cerca elétrica. Minha (polar)idade intelectual não estava nada (ex)cêntrica. Acho que sempre tive esse complexo cheio de filáucia, em mim. Mas sem exagero, eu diria. A ansiedade assumia o comando das palpitações do meu corpo. Corações servem para isso mesmo.
Os dias passaram, minha irmã, Mac e Juan, (um cozinheiro mexicano do restaurante) sempre riam de mim, diziam que era impossível ganhar numa dessas, e que quando ganham acaba morto por inveja. Minto, o Mac não ria de mim, afinal ele também apostava. Eu passei esses três dias no centro de uma roda de observação, de um lado, o palpite concêntrico dos meus amigos de verdade, e de um outro, minha mente vagando em isonomia à lei de sorte.
Finalmente, o dia do sorteio, naquela época estes eram feitos para todo o público ouvir, e os alto falantes que ficavam pelos postes de luz se ligavam e todos ficavam a par da graça do novo "sortudo", eu diria. Eu vi muita gente com cupons de participação na mão, fiquei com medo de não ganhar, meu coração começou a palpitar forte, até que a voz começou a sair do microfone.
"Boa tarde ouvintes, pontualmente às 12:00 iniciamos nosso sorteio final, ressaltamos que este sai de qualquer maneira. E se, ninguém acertar o prêmio será fracionado aos acertadores de quatro e cinco dezenas. Boa sorte aos participantes, em quinze minutos o sorteio iniciará. Um abraço."
Tempo para (res)pirar, o desespero voava em mim como se quisesse examinar minha consciência. Eu me sentia voando no centro da Terra, e acho que nesta analogia a Terra era um mundo de surpresas. Mágico! E neste rápido espaço para pensar, os quinze minutos se passaram, estranho, deveriam ser os mais longos. Logo o locutor começou:
"Atenção para os números do concurso 4021:
Primeira dezena: 30
Segunda dezena: 05
Terceira dezena: 06
Quarta dezena: 40
Quinta dezena: 27
e Sexta dezena: 53
O sorteio teve apenas um vencedor, pedimos que o mesmo venha até alguma de nossas lojas retirar seus seis milhões de florins."
Como assim? Eu não ganhei, não entendia, entrei em desespero, eu tinha que ganhar. Pensando nestes momentos triste, ouvi Van Frank. gritando "Ganhei" três ou quatro vezes e depois "Vou me mudar para a capital, claro que vou." Logo deduzi que ele havia ganhado o sorteio. Ele percebeu meu semblante de tristeza e passou a ser sentimentalista.
-Querido filho de Ralf, eu ganhei este sorteio, estou rico para sempre. Olha, que sorte.
-É, e agora? Vai se mudar? - Disse para não mostrar minha tristeza.
-Vou, para a capital, quero montar algum negócio lá.
-Certo, e agora porque não nos vende a sua fazenda? Ainda temos aquele baú do papai.
-A fazenda é sua, não me pague, feliz aniversário, seja quando for o seu.
-Barão, eu... eu... muito obrigado.
-Não tem de quê, vou sair daqui, não quero morrer, vamos comigo até a fazenda.
O Barão nunca foi sentimentalista, nunca deu nada, e era muito mal com todos. Dizem que o dinheiro muda as pessoas, e é por isso que não me envolvi com ele. Meus sonhos se realizaram e agora eu vivo feliz. Afinal, sonhos servem é para escrever metas, estou certo?
Quando cheguei no cine, encontrei uma garota de saia preta e blusa branca, com o cabelo preso. loira de olhos quase brancos de tão claros. Logo a perguntei:
-Boa tarde Senhorita, meu nome é Sílvio, meu pai tinha um restaurante, aprendi tudo o que sei com ele e queria saber sobre o emprego de cozinheiro.
-Boa tarde Senhor. Certo, aqui diz que você precisa ter um curso técnico, se você não ter, tente mostrar o que sabe, dizem que o dono deste restaurante é bem humano. Aqui está o endereço.
Eu não podia perder. Meu pai sempre me falara que cozinhar era o melhor remédio, e eu não sabia de qual problema. Agora já, o tédio. Peguei o endereço e fui sem demora para este restaurante. E quando cheguei vi uns cinco mendigos comendo na porta de trás deste restaurante. Logo pensei, se meu futuro patrão é solidário, então vamos nos dar certo.
Até hoje eu vivia a base de minha pequena fazenda, minha mãe deixou ela pra mim. Eu plantava, colhia e cuidava de todos os animais. Vivia a base de meus próprios produtos e todos meus impostos já estavam pagos. Todo sábado eu escolhia algumas verduras bonitas e as levava para feira e dava a quem precisava já que eu não precisava de dinheiro. Na verdade eu sou fanático pelo escambo, deixa tudo original e real. No meu caso eu troco coisas por sorrisos.
Ao entrar no restaurante, procurei pelo dono. Me disseram que ele estava numa casa lotérica, e então eu fui nesta casa lotérica.
Chegando lá, um anuncio gigante com uns cinco ou seis zeros vermelho e azul. E encontrei também o Mac, o dono do restaurante, (re)conheci ele pela camisa vermelha de desenho amarelo, logo o chamei.
-Você é o Mac?
-Sou... E você? É quem?
-Sou o Sílvio, quero cozinhar para você, isso vai me livrar do tédio.
-É, temos muito trabalho no meu restaurante, mas se quiser ganhar algo vai ter que trabalhar bastante.
-O que eu vou ganhar?
-Salário...
-Ah, certo... A moça me disse que eu preciso de um curso técnico, mas eu não tenho... Porém cozinho desde os oito anos, aprendi com meu pai, que era dono de um restaurante.
-Meu caro, não posso te registrar sem um curso...
-Deixa eu cozinhar para o senhor, vai que você gosta.
-Ok, então vamos. Espere, vou só fazer uma aposta.
-O que é uma aposta? Não sei sobre estas coisas... Minha mãe disse que seria bom para mim.
-Você não sabe?! Aposta é um investimento ousado. Você escolhe algo, dá uma certa quantia em dinheiro e se ganhar você ganha dez, vinte vezes o seu valor de investimento.
-E é fácil ganhar?
-Não... depende de sorte.
-Eu não tenho dinheiro, pode me emprestar? Quero apostar naquela da porta que tem um monte de zeros. Depois desconta do meu salário.
-Aquela é complicadíssima de acertar. Mas é a mais valiosa. Claro que pode apostar, não é tão caro assim, é só difícil de acertar.
-Certo, como eu faço?
-Escolha seis dezenas e as marque no papel.
-Certo, quero 05-21-30-40-41-53. Vou marcar.
-Ótimo, agora você leva para o funcionário do caixa e entregue junto este dinheiro. Ele vai te entregar um cupom. Se você ganhar use ele para pegar o prêmio.
-Obrigado senhor, foi divertido.
-Não tem de quê, sou apaixonado por números, e apresentar essa paixão a alguém é gratificante, vamos ao restaurante?
Esse Mac me lembrava alguém, era divertido, usava um chapéu dourado e redondo, botas pretas e tinha um olhar de vigarista do bem, se é que isto existe. A questão é que ele me apresentou o mundo capitalista, que é um mundo normal onde o rei não tem vida própria, ou tem? Não faz diferença, no dia eu não parava de pensar e repensar se eu ia ganhar, isso sim tirava meu tédio. Se eu ganhasse eu ia comprar uma outra fazenda gigante para a minha irmã a do Barão Van Frank. um velho amigo do meu pai, mas que recusou de qualquer maneira vender a fazenda por um preço bom, se eu ganhasse daria todo o prêmio por ela.
Minha irmã morava na minha fazenda, só que em outra casa, eu amo minha irmã porque ela é inteligente e dedicada e linda. Não entendo se certo era definir minha irmã como feia, afinal é isso que ocorre na TV. Os irmãos brigam e se xingam e depois dizem que não querem mais conversar entre si. Tanto faz, a TV é um (passa)tempo impresso em cores e som. Depois fomos ao restaurante, e lá eu cozinhei para o Mac ver, ele gostou da minha comida e disse que eu podia trabalhar com ele, desde que eu fizesse meu curso de gastronomia neste período. Voltei pra casa e comecei a pensar.
Nunca pensei que sair do tédio era tão fácil, depois disto eu posso até escrever um livro. Ou não? Hora de ser fã de particularidade. Particularidade é algo como especialidade, significa que o seu muito não passa de pouco, é bom. Tudo fica especial, lembrando que tudo é nada. Particularidade intima a (con)tradição e faz da mesma importante.
"Hora de dormir, hora de sonhar. Sonhar é um exemplo de efetividade, que eu não vou explicar o que é afinal é triste. Como eu ia dizendo, hora de dormir. Dormir, refletir minhas ilusões deste mundo num outro que é exemplo pleno de particularidade."
Escrevi isto num papel qualquer, quando eu era criança eu tinha uma professora particular que me ensinou a escrever e pensar. Depois ela me deu um diploma e disse que agora era hora de aprender sozinho. Professores são seres humanos que tem o dom de (in)constância. E quando acordei fiz o café e chamei minha irmã, ela sempre come na minha casa. Sentados à mesa eu falei da novidade.
-Sophie, não sabe da novidade, eu vou trabalhar.
-Onde? Como assim? Você não precisa trabalhar.
-Preciso sim, tenho muito tédio, e trabalhando só sobra espaço para voar, eu vou ser cozinheiro sabia? Cozinheiros tem que saber voar.
-E onde é que vai trabalhar? Num restaurante?
-É! O dono chama Mac, e tem um chapéu legal.
-Está bem, espero que divirta-se, mas tome cuidado.
-Mas é claro! Ah! Tem outra coisa, eu fiz uma aposta. E quando eu ganhar vou te comprar o sítio do Barão Frank, ele não quer aquelas terras mais, e você ama elas.
-Irmão, você é louco, não dá pra ganhar com uma aposta como dá para piscar os olhos ou morder os lábios.
-É só acreditar, acreditando tudo pode ser verdade, tudo teria sido diferente se você acreditasse em minhas verdades não acha?
-Errado! Vamos tomar café.
Depois do café eu fui para o meu trabalho, Mac disse que eu estava três horas adiantado e então eu fiquei conversando com um garoto lá, ele disse que tinha apostado na loteria também e que se ganhasse ia comer muito, então eu o convidei para comer comigo hoje a noite, depois ficamos traçando planos sobre o que aconteceria se nós dois ganhássemos e mais tarde sobre o que ele ia ser quando crescer. Foi então que o tempo passou, eu fui para o trabalho e aprendi que no restaurante se faz muita comida, e tudo se multiplica por 20 ou mais. Cozinhar envolve sentimentos, significa que você precisa sentir que está bom, pronto, legal, comestível, adorável e por ai continua.
Faltavam três dias para aquele sorteio acontecer, eu achava que ia ganhar, sempre confiei em minha mente. Melhor que trabalhar no restaurante era mesmo pensar, construir bases de sonhos trancados comigo e cercados com uma cerca elétrica. Minha (polar)idade intelectual não estava nada (ex)cêntrica. Acho que sempre tive esse complexo cheio de filáucia, em mim. Mas sem exagero, eu diria. A ansiedade assumia o comando das palpitações do meu corpo. Corações servem para isso mesmo.
Os dias passaram, minha irmã, Mac e Juan, (um cozinheiro mexicano do restaurante) sempre riam de mim, diziam que era impossível ganhar numa dessas, e que quando ganham acaba morto por inveja. Minto, o Mac não ria de mim, afinal ele também apostava. Eu passei esses três dias no centro de uma roda de observação, de um lado, o palpite concêntrico dos meus amigos de verdade, e de um outro, minha mente vagando em isonomia à lei de sorte.
Finalmente, o dia do sorteio, naquela época estes eram feitos para todo o público ouvir, e os alto falantes que ficavam pelos postes de luz se ligavam e todos ficavam a par da graça do novo "sortudo", eu diria. Eu vi muita gente com cupons de participação na mão, fiquei com medo de não ganhar, meu coração começou a palpitar forte, até que a voz começou a sair do microfone.
"Boa tarde ouvintes, pontualmente às 12:00 iniciamos nosso sorteio final, ressaltamos que este sai de qualquer maneira. E se, ninguém acertar o prêmio será fracionado aos acertadores de quatro e cinco dezenas. Boa sorte aos participantes, em quinze minutos o sorteio iniciará. Um abraço."
Tempo para (res)pirar, o desespero voava em mim como se quisesse examinar minha consciência. Eu me sentia voando no centro da Terra, e acho que nesta analogia a Terra era um mundo de surpresas. Mágico! E neste rápido espaço para pensar, os quinze minutos se passaram, estranho, deveriam ser os mais longos. Logo o locutor começou:
"Atenção para os números do concurso 4021:
Primeira dezena: 30
Segunda dezena: 05
Terceira dezena: 06
Quarta dezena: 40
Quinta dezena: 27
e Sexta dezena: 53
O sorteio teve apenas um vencedor, pedimos que o mesmo venha até alguma de nossas lojas retirar seus seis milhões de florins."
Como assim? Eu não ganhei, não entendia, entrei em desespero, eu tinha que ganhar. Pensando nestes momentos triste, ouvi Van Frank. gritando "Ganhei" três ou quatro vezes e depois "Vou me mudar para a capital, claro que vou." Logo deduzi que ele havia ganhado o sorteio. Ele percebeu meu semblante de tristeza e passou a ser sentimentalista.
-Querido filho de Ralf, eu ganhei este sorteio, estou rico para sempre. Olha, que sorte.
-É, e agora? Vai se mudar? - Disse para não mostrar minha tristeza.
-Vou, para a capital, quero montar algum negócio lá.
-Certo, e agora porque não nos vende a sua fazenda? Ainda temos aquele baú do papai.
-A fazenda é sua, não me pague, feliz aniversário, seja quando for o seu.
-Barão, eu... eu... muito obrigado.
-Não tem de quê, vou sair daqui, não quero morrer, vamos comigo até a fazenda.
O Barão nunca foi sentimentalista, nunca deu nada, e era muito mal com todos. Dizem que o dinheiro muda as pessoas, e é por isso que não me envolvi com ele. Meus sonhos se realizaram e agora eu vivo feliz. Afinal, sonhos servem é para escrever metas, estou certo?
Bom dia, saudade.
É, bom dia ou boa manhã, da maneira que não achar estranho. Hora de nascer com o sol. Hora de esperar o calor chegar, as folhas caírem e os carros ligarem o motor.
Hora de (des)ligar-se em renovação e esperança, desejar feliz aniversário ao clichê do bem e por fim se sentir humano. Por (con)tradição, ser humano não é uma qualidade. Humanos roubam substantivos.
Hora de (des)ligar-se em renovação e esperança, desejar feliz aniversário ao clichê do bem e por fim se sentir humano. Por (con)tradição, ser humano não é uma qualidade. Humanos roubam substantivos.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Cor de melancia.
Por certo eu deveria escolher cor de framboesa, ou não? Defini com meu bom senso que as cores são iguais, o que muda são os olhares. Que tocam e retocam, enxertam e rebocam, e por fim (im)põe suas definições, que não por coincidências são trágicas. Cores são partes fracionárias de um arco-íris. Cores... Resultados de nada multiplicado por tudo. Que é igual a?
Quero (res)saltar coisas grandes, jogando estereótipos como ratos fulminantes assaltaram minha casa. Quero provar que chá-de-funcho não é bom, mas faz bem. É como brócolis na TV. Estereótipos são mini gravações postadas por amigos num cérebro que vive a base de educação alheia. Estereótipos são fatos que fazem os engraçados se gabarem e os portugueses se humilharem. Estereótipos são exemplos claros de clichê, mas não o clichê que eu uso(...)
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Querida antiga casa.
Voltei em sonhos para você, dona do meu lazer, de minha pré-educação et cetera. Devo agradecer tanto quanto a Mona, por me trazer aqui, por me proporcionar ilusões positivas, de que o mundo realmente vai ser lindo. Devo sem dúvida alguma denunciar escritores que dizem que não existem finais felizes. Afinal, eles existem, porém são finais, e não meios. E não vou denunciar meu final na juventude. Não mesmo.
Conto de fadas são para crianças, ou adultos que amam crianças. Quem não se encaixa nessas condições é um vilão, e estes não podem ter um final feliz, só em novelas invertidas.
Já ia me esquecendo, fui ao mundo das (in)coerências procurar decisões e (in)verdades que realmente existiam, e acredite, não encontrei. Deve ser por que eu estava sonhando, e nos sonhos só se vê o que se pensa. Ou vice-versa: penso, logo sonho. Minto! Cegos sonham, e a questão é maior, cegos tocam piano de óculos escuros. Quem compõe é um sonhador, mesmo que acordado, sonhadores são pessoas que conseguem ver duas coisas ao mesmo tempo, e dão atenção só a que não é importante: A (ir)real.
E mais uma vez, venho dizer que estou me adaptando mal, minha casa é gigante, e tenho como lei (des)vendar tais mistérios. Não é todo dia que eu venho de um orfanato diferente para um castelo sem fim.
Por fim, venho dizer que amo vocês, mães de aluguel sentimental, e irmãos de consideração clara.
De Ralf Stein
Para Orfanato Gemütliche Träume.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Eletrônico.
Corpo a corpo, tempo a tempo, pensamento sobre pensamento, como turbinas mecânicas de uma máquina voadora. Descobri hoje que meus olhos são confusos. Tudo chega na minha mente ao contrário, e com um cérebro bem educado de maneira mecanicista natural eu volto a ver normal. Saiba você (quem?) que isto acontece com você também. É natural, normal, é automático.
Automático, outra palavra que anda me confundindo como um pássaro domado sendo livre. O atrito está no começar errado, coisas automáticas revolucionaram o mundo, Mona sempre diz "antigamente, isso era assim". E quando eu mencionei querer ser um cientista famoso ela me disse que o trabalho de um cientista é procurar pequenos detalhes, em pequenas ou grandes coisas, dedicando um crédito (in)estimável. Logo eu vi que é muito pra mim. Ou não. Só penso que pode não ser o espelho do meu perfil. Só sofre consequências negativas quem não se conhece. E isso eu sei (...)
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Quem é o Planeta?
Querido Etvaldo de minhas tardes de sexta-feira (ele só vem nas sextas). Exijo agora como se eu fosse uma criança mimada a resposta destas questões: Afinal o que é o planeta? O que ele quer? Ele vive? Ele é legal?
Você não vive viajando pelos planetas e blábláblá?
Tudo que sei, é que temos de salvar ele, não jogando lixo na rua. Ele deve ser um ambientalista chato, odeio ambientalistas chatos. Eu sou super educado, nunca jogo lixo no chão, porém, se existe lixo perto de mim, sempre tem um ambientalista chato para me culpar, porque? Será que esse ambientalista trabalha para o planeta? Não sei, não me faz juízo... Amada Mona que me educou perfeitamente, eu não prejudico esse planeta, nem quero prejudicar...
Acabo me rotulando como um ambientalista chato, droga. Quero um globo terrestre, azul, redondo e bem colorido.
Um globo terrestre se você não sabe é uma casa de cores, bem azul e branquinho nas pontas... Absoluto de nomes, alguns engraçados, outros chiques. E servem para rodar e sair do tédio, se você estiver nele, o Antonino tem um. Ah, por fim, globos terrestres servem para calcular distâncias, dolorosas distâncias.
Ai que dor.
Você não vive viajando pelos planetas e blábláblá?
Tudo que sei, é que temos de salvar ele, não jogando lixo na rua. Ele deve ser um ambientalista chato, odeio ambientalistas chatos. Eu sou super educado, nunca jogo lixo no chão, porém, se existe lixo perto de mim, sempre tem um ambientalista chato para me culpar, porque? Será que esse ambientalista trabalha para o planeta? Não sei, não me faz juízo... Amada Mona que me educou perfeitamente, eu não prejudico esse planeta, nem quero prejudicar...
Acabo me rotulando como um ambientalista chato, droga. Quero um globo terrestre, azul, redondo e bem colorido.
Um globo terrestre se você não sabe é uma casa de cores, bem azul e branquinho nas pontas... Absoluto de nomes, alguns engraçados, outros chiques. E servem para rodar e sair do tédio, se você estiver nele, o Antonino tem um. Ah, por fim, globos terrestres servem para calcular distâncias, dolorosas distâncias.
Ai que dor.
Copos americanos
Já fez pães-de-queijo? Pois é, agradeço claramente a minha educação bem visada no âmbito da gastronomia. Cozinhar é a melhor coisa do mundo, ou seria a segunda? A questão é que, para se cozinhar usamos um copo americano, coisa de quem não tem uma chícara original. É até melhor, não acha? Agora para chegar na onde quero chegar: o copo americano é uma medida perfeita, perfeita. Frágil, trabalhado, útil e bonito, já tomou suco de maracujá num copo americano? A espuminha branca fica tão viciante... E leite com achocolatado? O chocolate em baixo do leite é tão chamativo!
Foi pensando assim que cheguei (ou não) a conclusão de que um copo americano é um representante fiel de sentimentalismo. Perfeito para cozinhar, bonito, pequenininho, viciante, chamativo, adorável.
Falando isto eu pareço um tolo, e é bem isso que eu sou.
E me orgulho (...)
Foi pensando assim que cheguei (ou não) a conclusão de que um copo americano é um representante fiel de sentimentalismo. Perfeito para cozinhar, bonito, pequenininho, viciante, chamativo, adorável.
Falando isto eu pareço um tolo, e é bem isso que eu sou.
E me orgulho (...)
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
O castelo (in)finito.
Sem medo de procurar as pontas da minha adorável grande casa eu vivia sempre com um pé na frente. Eu poderia ter usado a expressão pé atrás, a questão é que minha casa era realmente gigante.
E se saber é sua pretensão, começou assim: Eu nasci e fui logo pra um orfanato, era legal. É que minhas 'mãe's por aluguel eram humanas, não bastasse o fato totalmente incoerente de eu não ter uma mãe materna de sangue bem materno mesmo sabe? "Materno!" Tenho medo de usar esta palavra, me trás lembranças... minto, não me trás lembrança alguma. Continuando, com dois anos eu fui adotado pela minha mamãe de criação e pelo meu papai legal, ela não me conta quem é, porque para mim ela é a Mona e meu papai o Papai mesmo. E como eu moro num castelo, exuberante, gigante, bonito com uma escada infinita e um quarto redondo eu vivo feliz. Feliz entre aspas, afinal sempre vai dominar em mim o vazio de encontrar minha mãe, a materna me compreende?
Afirmo que é imaturo falar com estranhos, entenda que não sei nem com quem falo. Sou irresponsável, não entendo tampouco porque exponho meus pensamentos num papel. Não! Isso aqui não é um diário, é um pacote de folhas nas quais escrevo o que eu penso, pensei e pensarei, aqui eu coloco verbos e eles param em algum lugar do meu quarto.
Agora se me permite vou novamente descobrir mais minha casa, minha vida, minhas coisas (...)
Ralf Stein, 9 anos
E se saber é sua pretensão, começou assim: Eu nasci e fui logo pra um orfanato, era legal. É que minhas 'mãe's por aluguel eram humanas, não bastasse o fato totalmente incoerente de eu não ter uma mãe materna de sangue bem materno mesmo sabe? "Materno!" Tenho medo de usar esta palavra, me trás lembranças... minto, não me trás lembrança alguma. Continuando, com dois anos eu fui adotado pela minha mamãe de criação e pelo meu papai legal, ela não me conta quem é, porque para mim ela é a Mona e meu papai o Papai mesmo. E como eu moro num castelo, exuberante, gigante, bonito com uma escada infinita e um quarto redondo eu vivo feliz. Feliz entre aspas, afinal sempre vai dominar em mim o vazio de encontrar minha mãe, a materna me compreende?
Afirmo que é imaturo falar com estranhos, entenda que não sei nem com quem falo. Sou irresponsável, não entendo tampouco porque exponho meus pensamentos num papel. Não! Isso aqui não é um diário, é um pacote de folhas nas quais escrevo o que eu penso, pensei e pensarei, aqui eu coloco verbos e eles param em algum lugar do meu quarto.
Agora se me permite vou novamente descobrir mais minha casa, minha vida, minhas coisas (...)
Ralf Stein, 9 anos
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