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domingo, 1 de maio de 2011

Ferramentas Estéreo.


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Uma obrigação: escrever às pessoas que têm medo de usar fones de ouvido. Àquelas pessoas tradicionalistas, tradicionais nas listas, aquelas que eu amo. Que eu tenho vergonha de ver em público, que apertam a minha bochecha ou que usam linguagem ultra-coloquial online. Sorria e olhe para trás, surpreeeeeeenda-se olhando para frente (lê-se semi-futuro), vendo quem te amou de olhos fechados, enquanto isso coloque lágrimas a força nos seus olhos já que quem trocou sentimentos com você não está mais entre você e você.
Seja sentimentalista e grite para o mundo: “Feliz Aniversário Mona!”. Depois separe o predicado do presente de aniversário, e o “cover” do original, partilhe o visível com a sorte, vista no investimento uma roupa digna e justa (no duplo sentido). E então vá ao cemitério e agradeça sua mãe por tudo que ela te ensinou.
De Ralf para Mamãe, esteja ela onde estiver.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Amor.

Eu era um bebê, como sou hoje quando eu dizia "Eu te amo mamãe." em prol do sorriso dela. Minto, eu não era um bebê como sou hoje, quero salientar e colocar em foco as mudanças que aconteceram. E para a (comfirm)ação dessas mudanças uso apenas uma palavra: Translarotaglobalização.
Quem dizer que esta palavra não existe precisa morrer. Morrer bem feio como um pato sendo asfixiado sem dó nem piedade por um SkinHead simplesmente pra fazer sucesso no youtube. Morra quem não vive a base da translarotaglobalização, viva quem está a base de ação. É por isso que Mona me ensinou bem sobre verbos, talvez as (l)atitudes, os pró e os nomes, e até o petróleo que deixa o oriente averbal(izado).
Odeio estas expressões claras, porém não objetivas que transmitem tontura ao  globo da vida. Que tiram a casinha dos sete mares do epicentro, sim, epicentro (Vide fim do mundo).
Odeio as mudanças. Não apoio tradicionalismo, mas creio que quem critica a criação, quem critica o destino e quem critica o concorrente não pode mudar nada. E são esses (ir)reverentes que mudam o mundo. Sim, odeio.
Odeio quem pensa que uma criança de 9 (nove) anos é uma criança. E não pode (trans)formar só por ser "pequena".
 Odeio quem se odeia e quem se habilita a falar aos quatro cantos da Terra que o mundo é água, cegos de interpretação que não sabem que o jardim da casa pode ser grande, mas não serve pra morar. Odeio quem maltrata as epifanias com espinhos de rosas gigantes, odeio os líderes que jogam o poder na mão dos fracos, comandantes (in)aptos o suficiente para abrir a mão do ataque especial. Odeio os campos floridos por sementes lançadas pelo vento, sim, a (dis)tração única. Odeio o multiculturalismo que me obriga a não ser preconceituoso com meus amigos de longa data.
Muito ódio para alguém de nove anos, parece até que vou escrever bem. Odeio as previsões. Pare Senhor Ralf! Não odeie. Ódio, ódio, ódio. Não explique: ame.
Fim.

Não aceite dicas de um garoto. Com carinho: Ralf.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Êxito.

-Bom dia, aqui é o Rafael, posso lhe ajudar?
-Boa tarde, aqui é o Rafael, o que posso fazer por você?
-Boa noite, é o Rafael, precisa de mim?

Sim. O dia todo, minha vida resumia apenas em conversar. Conversar era meu forte, ajudar, conversar, sufixo adorável este. Fora daquela mini-cabine: um mundo gigante, gritando, saltando chamando minha atenção, com um aviso gigante (in)sinunando :"Me explora! Me descobre! Vem pra mim!" Eu trabalhava (in)cessantemente, sem cansar, goticulando minha vida, com uma medida bem complexa. Na verdade eu trabalhava nos três turnos por não ter mesmo o que fazer. Lá eu ganhava minha vida. Acredita que existem pessoas que te chamam no telefone para desaba(fa)r? Desabar ou desabafar, seja qual você escolheu. É bem isto. Lembro muito de Anne, que me ligou dizendo que ia pular do prédio porque seu marido não queria fazer algo que nem me lembro. Droga! Hora de tomar café, invocar os momentos tristes e alegres e até os que não tiveram emoções. Hora de brincar com as palavras, sem nem mesmo escrevê-las. Hora de escrever no ar. Hora de aceitar o pedido (car)regado de ternura que o mundo me proporcionou. Mas antes, o último telefonema:

-Boa tarde, sou o Rafael, no que posso te ajudar?
-É seu pai Rafinha, acabei de sair da prisão. Tentei quatro vezes ligar pra você, mas os outros atendentes que atenderam.
Pausa para pensamento surpreso:

 Meu pai é a pior pessoa do mundo. Se você (des)conhece a razão, eu te me (en)carrego tristonhamente de dizer: Ele matou minha mãe. Meus pais são separados. E me dói dizer que também sou. Triste destino, Triste ilusão. Sem perder o senso e sem poder ser sem-educação no trabalho, na tentativa cheia de êxito racional ou não eu o respondo:
-Desculpe senhor, mas meus conhecimentos não chegam até onde está seu problema. Lamento. Boa tarde.
Coloquei o telefone no gancho. Minha melhor colega de trabalho notou minha (pre)ocupação cheia de fundamentos. Quem ele ia matar desta vez? Foi então, que cheio de vigor, eu levantei, e dei um abraço em todos os meus colegas de trabalho. Que ficaram ali no mesmo lugar, todas as tardes ou manhãs ou noites comigo. Alguns a todo instante. Disse que ia sentir saudades. E ia mesmo. Era hora de matar uma outra saudade a do mundo. Mas algo não saía da minha mente: Havia um assassino a soltas.  O qual eu não ia perdoar mesmo.
Cheguei em casa, prevendo que o vândalo ia arrombar, pular, invadir, e depois tentar me  persuadir. Nunca ia me convencer de que ele havia mudado. Lembro como se fosse ontem, as humilhações, os delírios que ele me fez provar. Como eu ia dizendo, cheguei em casa, abri a porta, e o vi sentado no sofá. E então o comprimentei:
-Olá, assassino!
-Filho, não me trate assim. A prisão serve para isto. Ficamos lá para (re)fletir, e quando saímos, estamos diferentes.
-Ótimo, então trás minha mãe de volta.
-Não me faça pensar nela, por favor, eu me arrependo tanto.
-Tudo certo, não faço. É só se levantar, e dar sete passos em minha direção. E então você está fora da minha casa. Simples, acha?
-Não é simples assim. Não custa nada me entender filho.
-Não me considere seu filho. Se eu não posso ter mãe, pai eu também não posso.
-Veja ou melhor ... Imagine tudo o que nós poderiámos fazer. Fazer juntos. Em grupo como um só. Lembrando os velhos tempos.
-Velhos tempos? Quando minha mãe era viva? Não preciso de você para isto.
-Certo. Eu te entendo, vou tentar conversar com sua irmã. Ela é mais compreensiva. Mas antes queria te entregar algo.
-Não quero nada seu.
-Não é meu. É seu. Lembra daquela corrente de ouro que você ganhou da sua mãe? Seus irmãos todos queriam uma daquela? Então eu tomei de você e disse que ninguém ia ganhar?
-Lembro. O que tem ela?
-Escondi ela na árvore de goiaba. Está entenrrada. Era o único jeito de esconder dos seus irmãos. Evitei as brigas. E nunca a encontrariam, pois estava enterrada bem no fundo. Eu ia entregar a você naquele dia. Pena eu não ter lembrado. Passaram-se 34 anos, e quando saí da prisão, sem pestanejar fui para nossa casa antiga, aonde a Manuele mora e peguei sua corrente. E aqui está ela. Só queria me sentir um pouco mais aliado em nossos negócios.
Comecei a chorar. Foi o último presente que mamãe me deu. Pensei que foi mais um ato covarde do meu pai. Mas não. Abracei ele por cinco segundos, e então veio a mente os momentos horríveis que passamos juntos. Os atos demoniácos, sem explicações, sem nexo, sem fluxo de bom senso. Foi então que abri a porta que havia fechado. E pedi que ele fosse embora. Afinal eu realmente não tinha motivos nem forças para vê-lo em minha frente. Foi embora, disse que me amava. Gritou que me amava. Berrou que me amava. Três vezes. Sentei no chão usando a porta como encosto. Coloquei minha corrente no meu pescoço. Arrumei as malas e fui ver o mundo. Foi então que eu comecei a viajar. Foi então que comecei a destribuir coerências. Ver o mundo. (Des)cobrir o mundo e as emoções que pairam a todo instante neste. Foi então que descobri que o mundo era mesmo gigante. Foi então que esqueci por um segundo quem eu era. E isso é um clichê. E sabe porque dedico Vivas ao Clichê? Porque os personagens do clichê tem uma mãe, e um pai que não é assassino (...)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Protagonista.

Theodor Kuerten, um velho amigo meu, fã de Tankard. Dono de uma história excepcional. Dono de boas vindas, de realizações, de veias que pulsavam para o leste, dono de um emprego miserável, Theodor era o responsável pela máquina de xerox. A cada 100 xerox: dez centavos. É, era cansativo, e ele mal tinha o que comer,  ele nunca descobriu quem eram seus pais, nasceu praticamente num orfanato, nunca fora adotado, sabe-se lá por quê. Nos dezoito anos ele procurou o que fazer, e foi morar na minha casa. E volto a afirmar, Theodor amava com paixão gritante, exuberante, clara, a banda Tankard. Preferia comprar os albuns, faixas, artefatos e et cetera do que comer, ou roupas. Seu sonho sempre foi ir num show deles. Num camarote sem igual, com direito a tudo, e quem sabe um abraço? Se Theodor fosse dono de um país, Tankard seria vítima de exaltação em isolacionismo.
Saudosa cidade grande, dona de livros sem fim, com histórias minúsculas ou maiúsculas, porém com o mesmo (im)pacto. O qual faz previsões automáticas e (in)certas. Como eu sempre disse, na cidade grande não sobra tempo pra pensar em sorte, seja grande, gigante ou sem fim. Não tenho tempo para parar pra pensar, o tempo passa, as folhas de xerox caem e a esperança começa a voar.
Lembro como se fosse hoje, o aniversário de 19 anos do Theodor, já éramos grandes amigos, e eu o tratava como um irmão, e todo o sábado eu e ele caminhávamos juntos conversando e concedendo espaço ao tempo, até chegarmos na feira. Adorável feira... Hmmm... Aquele sabor inconfundível do seu pastel favorito, da Dona Raquel, acho que ele nem sabia que era seu aniversário, ou então queria fazer surpresa pra si mesmo. Fizemos a nossa surpresa para ele. Prova que pessoas se compram com felicidade, e bolos com euros. Sim... Um bolo, aqueles docinhos orientais que ele admirava ao extremo. Os amigos do bairro deram seus presentes, humildes, porém cheios de amor. Deixei o meu para o último dando glória à cena:
-Theodor, feliz aniversário! - Disse entregando um abraço, tirando um envelope marrom do paletó.
-Obrigado! Obrigado! Você queria mesmo ser o último.- Disse sorrindo.
Então eu entreguei o envelope. A ansiedade dos olhos dele, devoraram o envelope. Parecia uma nova de dólar, mas quando ele virou, percebeu: "Tankard in Schillertheater, camarotes". Ele não disse nada, me abraçou, e ficou em palavras. E eu dei minhas explicações:
-São duas entradas, para você e para outro alguém, que seja tão fã quanto você e que mereça. Faltam 15 dias, você vai encontrar.
-Obrigado, obrigado de novo. Você é o melhor amigo do mundo!


E foi então que as luzes se apagaram e cada um foi para o seu quarto. Theodor não dormiu, até chegar no dia do show, que ele levou um amigo em comum nosso, o RIch, que é americano e também amava Tankard. No show ele encontrou Tayumi, linda, como os ingressos que ele havia ganhado. Cada um estava em um camarote, e usavam os binóculos para se entre-olhar quase sempre. Era óbvia a atração natural entre ambos. Tanto que nos vinte minutos de intervalo, ele foi conversar com ela. O que eles conversaram ele não me contou. Certo é que eles voltaram de mãos dadas. E Theodor, viveu o melhor show da sua vida, com a melhor banda do mundo aos seus olhos, e ainda com um telefone. 


Deste dia em diante, Theodor só pensava em falar com Tay, ele realmente estava muito apaixonado. Falavam todos os dias era lindo. Até que um certo dia houve uma narração diferente: o dia amanheceu. Theodor correu até a papelaria, estava apaixonado e tinha como meta principal, arrumar dinheiro suficiente para conversar horas com Tay. O trabalho acabou, e ele correu para o telefone público mais próximo. Discou os números. E começou a organizar às frases que estava mentalizando à horas.  Foi então que ela atendeu
-Alô
-Tayumi, aqui é o Theodor. 
-Bom final de tarde meu caro. Como você está?
-Com saudades, é. Com muitas saudades de você. Quando eu posso te ver de novo? Você está bem?
-Estou muito bem, acho que não vou ficar tão bem assim. E hoje poderá me ver de novo. Pela última vez, eu receio.
-Porque? -Disse com tom de preocupação.
-Meu querido, não sei como dizer isto, mas, estou para viajar. Para o Chile, estou calçando os sapatos neste momento. Minha vida acabou de virar um conto de fadas. Meu pai é dono de uma fábrica de brinquedos, e meu novo emprego é distribuir diversão. 
-Eu ainda não entendi me explica melhor? Por favor.
-Eu não quero ser nada além de mim. E esta sou eu, eu quero ser como minha mãe, ela é um exemplo pra mim. Logo eu não quero ser nada além do meu anjo da guarda. Eu vou partir hoje, com destino a um lugar bem distante, e vou sentir saudades de você, é isto. -Disse, começando a chorar.
-Eu não entendo. Não tive mãe, nem pai. Só amigos, e é lamentável não ter se quer um amor ao qual me recorde a vida toda. Eu posso ir com você? Nem que eu seja seu motorista. Eu não quero ficar longe de você.
-Pode! Acho que consigo adiar minha ida para amanhã. E papai sempre quis que eu tivesse um companheiro ou companheira. Mas trate-me como amiga, ou ele não se sentirá seguro. Por favor. Me encontre às seis. No aeroporto central. Leve suas malas, e roupas coloridas.
-Certo, até amanhã! -Desligou o telefone com preocupação clara. E se não desse certo?
Eram cinco horas e meia da manhã e Theodor já estava sentado no aeroporto.
-Eu não esperava te ver aqui tão cedo.-Disse Tay com tom humorístico.
-Eu não queria correr riscos de te perder.
-Certo, papai é aquele de terno, ele gostou muito da sua pontualidade.
O avião partiu, Theodor me disse que segurou com força interior (in)finita as mãos de Tayumi por todo o trajeto. Ela o beijou, como se fosse dona de liberdade. E parecia ser mesmo. Chegaram ao chile, encontraram um carro branco com os presentes da fábrica do pai de Tayumi. E dentro do banco esquerdo tinha um bilhete, com as (co)ordenadas. Tay foi em direção a Theodor que estava na calçada, disse para que ele entrasse no carro. Ele foi em direção ao carro, usando como precaução o ritual de abrir a porta para sua donzela. E juntos foram jogar felicidade ao mundo, deixando dois terços para o casal. Seis meses depois os dois se casaram. Dando espaço a novidades, presentes, brinquedos, felicidades, emoções. E é claro. De minuto em minuto a frase tradicional que ambos (re)conheciam como óbvia, que eu nem preciso dizer qual é (...)

Protopatia.

Eu cheguei do fórum  cansado. Resultado de horas extras e relatórios monstruosos... Mas agora eu me encontrava parado na frente da porta de minha casa. Senti aquele alívio de saber que já poderia tirar os sapatos Então coloquei a maleta no chão e girei a maçaneta. Me senti um legítimo protonauta num navio só meu. Coisa fácil, eu acho. Fiz um breve julgamento a mim, e acredite, agora tenho a ousadia de me dizer digno. Ali eu me senti um pião, rodando num vasilhame circunferencial, no qual nunca perdia o galeio. E nesse (contra)tempo eu deitei no sofá, liguei a TV e fechei os olhos. Estava passando um seriado muito divertido, e um episódio repetido que eu amava. Pena... mal conseguia pensar em mim, quanto mais em seriados, acredite, não tinha dignidade para diversão. Logo meu auto-teste foi falso. Abri os olhos, fitando o teto que se enquadrou como limite aos meus olhos, e ouvi a jornalista falar sobre o intervalo comercial.  Não sou do bem, prefiro comerciais que notícias.
Primeiro passou uma propaganda de televisões, depois de um banco, e logo após de uma casa de construção. (Im)pressionante! Janelas de aço por 10000 florins, portas de madeira maciça por 15000 florins e... Papel de parede do Johnny Depp por 5000 florins. Johnny é o astro da Breanne... "É isto! Se quero que ela seja feliz, nem que seja um pouquinho mais, eu tenho de fazer uma surpresa. E só tenho até amanhã. " Pensei, trocando de roupa ao ouvir o comercial.
Acolhi a maleta na mão e coloquei os sapatos com muita pressa. Comprei oito metros por três do papel, uns adesivos e uma cortina vermelha, que era sua cor favorita. Agora era minha vez de fazer o bem, fiz tudo as pressas, coloquei o papel de parede no seu quarto, e ainda sobrou uns pedacinhos, fiz buracos para os parafusos da cortina, coloquei o suporte, tudo sozinho! E depois ainda limpei tudo. Resultado: Exaustão. Com coisas importantes não se brinca. E foi isso que eu fiz. Logo após, eu cai na minha cama e morri. Ou melhor, quase morri, me faltou ânimo até pra sonhar. Acordei com o meu celular tocando, às seis da manhã, me obrigando a acordar. Por sorte já estava descansado. Eu acho.
Me arrumei e tomei direção ao trabalho, e na metade do caminho lembrei que era sábado, minha mente voava à mil, voava de longe como um GloboCop, procurando criminosos sem querer prendê-los, ao som os fones de ouvido avistei Breanne indo pra minha casa e sem delongas cai na real, fui ao seu encontro, e ela ao meu. E tentei ao máximo não demonstrar (re)ações de surpresa, felicidade e etc. E quando chegamos ela foi direto para a TV... Que raiva! Não dei dicas, mas foi preparando o café da manhã que recebi o melhor abraço do mundo acompanho da frase que eu mais sonhara ouvir no momento:
-Você é o melhor pai do mundo! Eu te amo.
Nessas horas, só tenho espaço pra sorrir, e foi bem isto que eu fiz. Fiquei com medo de ela pensar que eu fiz aquilo  para comprar suas palavras, fiquei com medo até de ter feito aquilo por isto. Hoje sei que não foi. E os dias passaram e  a segunda-feira chegou. Antes que eu acordasse Breanne, sua mãe bateu na minha porta, e me beijou. Dizendo que eu não ia ter a guarda dela só pra mim. Eu ia ter de dividir Breanne com ela, e até que a morte separasse um do outro. Afinal, ela estava (des)respeitando as leis de matrimônio. Eu disse que a amava, e que me orgulhava de poder dividir algo que nasceu de nós e para sempre. Até que esta aprendesse a voar. E eu acho que esta história não teve fim, mas foi feliz (...)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Dói ter que ser infantil sob pressão.

Relembrar. Epifanias do passado me entregam desespero como presente de natal. Eu amo as crianças, no sentido de ser pai de todas. São mágicas, (in)coerentes sem querer querendo. Fazem teatro sem nem saber atuar. Acho que o dia das crianças deveria ser todo sábado, e deveriam dar algodão-doce de graça na praça. Adultos não comem algodão-doce, engorda, é cansativo e et cetera. E é por isso que é preciso saber ser criança.
Me (des)culpe se não estou falando de sentimentalismo. Alguém já viu o Pedrinho imitando um passarinho? E a Maria jogando queimada? Sem analogias, hora de parar. É tenho que parar de tentar olhar nos meus próprios olhos procurando minha infância. Dói querer voltar.
E alguém conhece o motivo de eu e o resto dos seres humanos afogados em epifanias de arrependimento aprendemos a aproveitar os momentos só depois que eles passaram?

domingo, 19 de dezembro de 2010

Esqueça aquilo ali.

Café, café, mais café por favor. Preciso de insônia. Tenho certeza que ela vai bater na porta. Isso é tão importante quanto notar por qual direção a  brisa de outono anda. Me sinto como um passageiro de um avião estragado que está caindo no chão e não consegue abrir o para-quedas. Sou um mergulhador mental, onde o mar é o mundo, e o tesouro que almejo é você.
Romantismo realmente é complexo, não sei o que (signi)fica para um ou para outro, tampouco para mim. As ilusões pulam na minha mente como se esta fosse um trampolim. E  esperando pairado no meridiano de epifanias, (se)paro  tudo. Motivo: a campainha tocou.
- Entre querida.
- Nossa, quanta chuva...
Pois é, sobra tempo para muito diálogo, até que eu durmo e ela também, sem ver e não é por ironia do destino. Como uma primeira (im)pressão. Como um primeiro beijo. Como o primeiro eu te amo. Essas sensações se misturam na minha mente de maneira que eu sonho que estou acordado. E então, o sol nasce, as flores brilham com o orvalho que acabou de cair, e é ai que eu acordo e vou preparar o café.
Eu poderia acordar dessa maneira por toda a minha vida, era o que eu mais queria. Pena eu não ter a guarda de minha filha.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Analogias

Pressuponho... minto, (pró)suponho que errei. Fiz comparações drásticas, das quais não posso me recuperar. Existem passos em falso que tiram parte do seu corpo. Que não te matam, porém ofuscam sua terceira visão, (in)quieta o pulsar do seu corpo, faz com que a dor intelectual transforme em física. Por fim, me encontro como num desenho de metamorfose, como uma borboleta sem asas. Que deveria voar, mas não tem um avião.
Não me conceda críticas negativas, talvez eu não mereça tais, não sou digno de palavras vindas de neurônios do bem, e não quero nada que venha de neurônios do mal. É isso.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Para serem (des)cobertas (...)

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAKr5MxCtQp-_NNX4-Xu_csHl7_dO90VU_iSqo-VJuC0xCbtW9WU6f6s7h5i2AlPCS940tG1AMuukzX5Z32TVCjkAm1T1UDITnN3psbkJcy_PUR-XYfRlxebo.jpg
A felicidade chega a minha mente como fogos de artifícios modernos: irradiantes, coloridos, rápidos, cheios de tudo. A alegria move meu corpo como se fosse uma articulação principal. Me entendo como realizado.
Sinto que o tempo não nasceu em mim, até seis meses atrás, agora o tempo anda comigo, lado a lado, correndo contra mim. Estou  novo em folha, como uma roupa nova que acabou de ser comprada e precisa ser usada, mostrada, apresentada ao mundo. Me sinto, isso é importante. Pra quem não me entende, eu comecei a aprender andar de bicicleta ontem, e hoje já assumo a responsabilidade mais que ousada de andar sem uma mão... Para quem nem sentia as pernas isso é tudo. Agora? Vou em busca dos sinais, das estradas, da brisa única, que eu nunca senti. Sinto que está na hora de voar com os pés, na hora de fazer os livros que eu li virarem realidade. Minha vez de amar,  andar, viver, ser, ir, sorrir, descobrir. Brincar com as vogais que estão ai no mundo...