Do irreal ao nada:
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Morte figurativa.
Admiro muito, por saber que posso não ser o mais procurado. Acontece que essa questão de alta procura vem com inflação figurativa, se é que me entende. E ai o preço sobe. Mas estou falando de pessoas, não de comércio. Se é que há diferença entre estes.
Sabe quando os peixes ficam boiando sobre um lago que foi vítima de um raio? Ou quando as pessoas perdem as casas por não respeitarem a voz de maior poder? Entende quando a feira acabou tecnicamente, mas você continua lá? Existem lugares que nos obrigam a procurar, por soluções, (in)verdades, tradições e etc. E num mundo tão grande, sobrou para mim este restaurante. No qual devo (in)vestir a primeira pessoa. É, trabalhar duro, caçar minha caça. Num mundo dentro de outro mundo, que significa rodar duas vezes, ao mesmo tempo. Que significa capacidade. Você é capaz?
Sabe quando os peixes ficam boiando sobre um lago que foi vítima de um raio? Ou quando as pessoas perdem as casas por não respeitarem a voz de maior poder? Entende quando a feira acabou tecnicamente, mas você continua lá? Existem lugares que nos obrigam a procurar, por soluções, (in)verdades, tradições e etc. E num mundo tão grande, sobrou para mim este restaurante. No qual devo (in)vestir a primeira pessoa. É, trabalhar duro, caçar minha caça. Num mundo dentro de outro mundo, que significa rodar duas vezes, ao mesmo tempo. Que significa capacidade. Você é capaz?
Aprendendo a voar. II
Egito! Que coisa mais linda. Começar pela África era no mínimo questão de raciocínio. Letras são a base da sobrevivência investigatória. Leena já foi dizendo para mim:
-Eu escondi uma carta, do seu irmão de consideração. Você tem que encontrar esta. E uma dica: está num lugar vivo, movimentado e óbvio.
Dizendo isto, ela colocou fones de ouvido e se desligou do mundo. Durante toda viagem eu não parava de pensar em onde achar esta carta. Podia ser numa feira, ou no aeroporto, ou nos correios. Pousamos, peguei um mapa turístico, e vi um lugar com um vermelho, onde se treinavam aves de rapina e pombos correios. E logo pensei que era ali. Ótimo! Então disse para Leena que queria ir para lá. Ela me levou em silêncio. Que guia diferente este que o papai contratou, mas não era um guia, era uma instrutora. Era bem perto, e logo chegamos.
Era imenso! Foi então que comecei a pensar nas dicas. Um lugar vivo, movimentado e óbvio. Entrei na casa das aves já treinadas, e nada encontrei. Se era um lugar de vida, deveria ser nas salas das chocadeiras. Entrei e vi muitos pombos, águias e aves raras. Todas tinham nomes. E a primeira chamava Antoine. Porque uma ave egípcia tinha nome francês? Logo suspeitei. e perguntei, se estava ali, Leena só acenou com a cabeça dizendo que não. Mas eu tinha uma convicção: A carta estava na sala das águias, afirmava com toda certeza pra mim mesmo.
Leena já estava mais solta comigo. Me respondia até as perguntas que eu não fazia, as que eu tinha vontade de fazer, mas não fazia. Ela me levou até as salas das águias. Lá haviam muitos treinadores de águias. E eu nem sabia, para que treinavam estas. E obviamente tinha um garoto loiro lá. Obviamente! Me entende? Fui sem pestanejar até ele e disse para Leena perguntar sobre a carta para ele. Ela me disse então, que ele falava inglês, então eu conversei com ele:
-Olá, como você chama? -Perguntei, por educação.
-Olá! Isto não importa. Eu preciso te dar algo.
-Uma carta?
-Não! O endereço do cemitério.
Não respondi. Fiquei calado. Me senti idiota. Meu irmão sempre foi mestre em (con)tradições. E então eu fiquei abismado. Leena pediu um taxi e fomos lá. Num túmulo de mármore cinzenta clara. Que obviamente era a cor da mesa onde colocamos as contas e cartas do correio. Fui lá, e tinha uma folha bem no meio. Era a carta de Ralf. Meu irmão-bebê-professor. Li umas duas ou três vezes até o vento me atrapalhava a entender. Ralf sabia ser misterioso. Minha mente ficou empoada, no bom sentido, no sentido figurado. E minha mente foi (trans)ferida, empurrada a força para o nível dois. Foi então que eu chamei Leena, e pedi para que ela me trouxesse o segundo enigma.
Agora eu já sabia voar, e fazer uma manobra (...)
-Eu escondi uma carta, do seu irmão de consideração. Você tem que encontrar esta. E uma dica: está num lugar vivo, movimentado e óbvio.
Dizendo isto, ela colocou fones de ouvido e se desligou do mundo. Durante toda viagem eu não parava de pensar em onde achar esta carta. Podia ser numa feira, ou no aeroporto, ou nos correios. Pousamos, peguei um mapa turístico, e vi um lugar com um vermelho, onde se treinavam aves de rapina e pombos correios. E logo pensei que era ali. Ótimo! Então disse para Leena que queria ir para lá. Ela me levou em silêncio. Que guia diferente este que o papai contratou, mas não era um guia, era uma instrutora. Era bem perto, e logo chegamos.
Era imenso! Foi então que comecei a pensar nas dicas. Um lugar vivo, movimentado e óbvio. Entrei na casa das aves já treinadas, e nada encontrei. Se era um lugar de vida, deveria ser nas salas das chocadeiras. Entrei e vi muitos pombos, águias e aves raras. Todas tinham nomes. E a primeira chamava Antoine. Porque uma ave egípcia tinha nome francês? Logo suspeitei. e perguntei, se estava ali, Leena só acenou com a cabeça dizendo que não. Mas eu tinha uma convicção: A carta estava na sala das águias, afirmava com toda certeza pra mim mesmo.
Leena já estava mais solta comigo. Me respondia até as perguntas que eu não fazia, as que eu tinha vontade de fazer, mas não fazia. Ela me levou até as salas das águias. Lá haviam muitos treinadores de águias. E eu nem sabia, para que treinavam estas. E obviamente tinha um garoto loiro lá. Obviamente! Me entende? Fui sem pestanejar até ele e disse para Leena perguntar sobre a carta para ele. Ela me disse então, que ele falava inglês, então eu conversei com ele:
-Olá, como você chama? -Perguntei, por educação.
-Olá! Isto não importa. Eu preciso te dar algo.
-Uma carta?
-Não! O endereço do cemitério.
Não respondi. Fiquei calado. Me senti idiota. Meu irmão sempre foi mestre em (con)tradições. E então eu fiquei abismado. Leena pediu um taxi e fomos lá. Num túmulo de mármore cinzenta clara. Que obviamente era a cor da mesa onde colocamos as contas e cartas do correio. Fui lá, e tinha uma folha bem no meio. Era a carta de Ralf. Meu irmão-bebê-professor. Li umas duas ou três vezes até o vento me atrapalhava a entender. Ralf sabia ser misterioso. Minha mente ficou empoada, no bom sentido, no sentido figurado. E minha mente foi (trans)ferida, empurrada a força para o nível dois. Foi então que eu chamei Leena, e pedi para que ela me trouxesse o segundo enigma.
Agora eu já sabia voar, e fazer uma manobra (...)
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Pagamento.
Eu era uma garota loira bem popular no bairro e com muita auto-estima. Não esnobe, eu acho. Juro que luto pela paz mundial. Acontece que eu tenho um probleminha. Acontece que eu sou problemática. E tenho vergonha de contar por quê. Mas quer saber? Eu vou. Mas antes eu preciso contar uma história:
Era uma vez um rapaz, alto, carregado de charme e lindo, que tomou minha atenção como num filme adolescente, de tal maneira que meu queixo caiu na primeira vez que o vi. Aquele sorriso, aquela voz, que todos conhecem. Todos não. Só os adolescentes e jovens ou profissionais do ramo. E para melhorar: Ele jogava basquete.
Conversei com ele no jogo. Eu era líder de torcida como em qualquer história clichê por ai. Mas a minha tem uma diferença bem grande: Ele vive feliz para sempre, e eu também. Porém bem separados um do outro.
Eu sempre fui boa para conversar, eu tinha o dom da palavra, convicção era uma ferramenta básica para o meu problema. Loucura, dons do mal. Marcamos de sair, sexta às sete. Isso sim é clichê. E chegamos, eu usava um vestido branco e rosa, e ele usava terno claro. Que lindo. Depois saímos de carro, fomos a praia e sabe, eu parecia conhecê-lo a muito tempo. Minha sede problemática começou a aparecer. Parecia maluca. Eu o induzi a levá-lo para cama. E como qualquer jogador de basquete por ai ele aceitou. Chegamos e quando eu já estava sem minhas vestimentas, usei meu pingente bem no meio da sua artéria. Vesti as roupas, pulei a janela. E bati na porta dele, como se eu estivesse o visitando agora. Seu pai atendeu e me disse:
-Você é a garota que vai sair com o Tomas?
-Sou eu sim, ele está ai?
-Deve estar no quarto. Vou chamá-lo.
E voltou aos prantos.
-Meu filho! Meu filho!
-O que houve?- Disse com voz convincente.
-Venha ver, o Tomas está morto! Alguém o matou, com uma faca eu acho. Oh não!
-Não, tenho fobia por sangue. Se foi uma facada, o quarto deve estar encharcado. Mas... mas, como assim? Por que? Eu não entendo, eu gosto, digo, gostava tanto dele. Não pode ser.
-Ele está morto. Eu vi. Não tem chance, hora de aceitar. Vou ligar para a funerária. -Disse com expressão depressiva.
Eu comecei a me sentir terrivelmente bem. Começou a chover. E o pai do Ex-Tomas pediu para que eu dormisse ali. O carro que ia buscar o tomas chegou. E buscou ele. Abracei o pai do falecido. Como se não houvesse depois-de-amanhã. Pois não haveria. No outro dia. Fomos ao enterro. Toda a escola estava lá. Eu até consegui chorar. Mas não era tempo para choro. Tomas estava feliz. Entende o que é final feliz? O pai de Tomas me trouxe em casa. Tudo fazia parte de conceito (i)moral no momento. Eu provei que nem todo mundo é (i)mortal. Coloquei funções aos (pre)fixos. Foi isso que eu fiz.
Conversei com ele no jogo. Eu era líder de torcida como em qualquer história clichê por ai. Mas a minha tem uma diferença bem grande: Ele vive feliz para sempre, e eu também. Porém bem separados um do outro.
Eu sempre fui boa para conversar, eu tinha o dom da palavra, convicção era uma ferramenta básica para o meu problema. Loucura, dons do mal. Marcamos de sair, sexta às sete. Isso sim é clichê. E chegamos, eu usava um vestido branco e rosa, e ele usava terno claro. Que lindo. Depois saímos de carro, fomos a praia e sabe, eu parecia conhecê-lo a muito tempo. Minha sede problemática começou a aparecer. Parecia maluca. Eu o induzi a levá-lo para cama. E como qualquer jogador de basquete por ai ele aceitou. Chegamos e quando eu já estava sem minhas vestimentas, usei meu pingente bem no meio da sua artéria. Vesti as roupas, pulei a janela. E bati na porta dele, como se eu estivesse o visitando agora. Seu pai atendeu e me disse:
-Você é a garota que vai sair com o Tomas?
-Sou eu sim, ele está ai?
-Deve estar no quarto. Vou chamá-lo.
E voltou aos prantos.
-Meu filho! Meu filho!
-O que houve?- Disse com voz convincente.
-Venha ver, o Tomas está morto! Alguém o matou, com uma faca eu acho. Oh não!
-Não, tenho fobia por sangue. Se foi uma facada, o quarto deve estar encharcado. Mas... mas, como assim? Por que? Eu não entendo, eu gosto, digo, gostava tanto dele. Não pode ser.
-Ele está morto. Eu vi. Não tem chance, hora de aceitar. Vou ligar para a funerária. -Disse com expressão depressiva.
Eu comecei a me sentir terrivelmente bem. Começou a chover. E o pai do Ex-Tomas pediu para que eu dormisse ali. O carro que ia buscar o tomas chegou. E buscou ele. Abracei o pai do falecido. Como se não houvesse depois-de-amanhã. Pois não haveria. No outro dia. Fomos ao enterro. Toda a escola estava lá. Eu até consegui chorar. Mas não era tempo para choro. Tomas estava feliz. Entende o que é final feliz? O pai de Tomas me trouxe em casa. Tudo fazia parte de conceito (i)moral no momento. Eu provei que nem todo mundo é (i)mortal. Coloquei funções aos (pre)fixos. Foi isso que eu fiz.
O pai dele me deixou em casa. Lar, doce lar! Me abraçou em frente a árvore que servia de pique na minha infância. Beijou minha testa, me abraçou e eu abracei mais forte. Como se eu não quisesse soltar. Convenci ele a entrar em casa. Pela porta dos fundos. Chegamos na cozinha. Servi um copo de água. E disse estar indo no banheiro. Fui no meu quarto. Peguei minha singela arma de fogo. E Atirei no meio da cabeça. Coloquei ele no carro e o joguei no rio. E depois fui buscar meu prêmio. Fim.
Sim, eu estava sendo paga. Esse é o meu trabalho, uso os problemas da minha mente para solucionar os da minha vida.
-E então doutor? Acha que posso me curar? Este é meu problema, sou psicopata. Acho isso errado, mas persisto. Trabalho com isto. Eu posso me curar?
-Pode. Mas antes tenho que me certificar de que não vai me matar.
Dizendo isso ele pegou meu pingente. E pediu pra eu ir morar na casa dele. Ele confiava em mim. Eu não me curei. Mas com certeza nunca vou matar o mestre.
-E então doutor? Acha que posso me curar? Este é meu problema, sou psicopata. Acho isso errado, mas persisto. Trabalho com isto. Eu posso me curar?
-Pode. Mas antes tenho que me certificar de que não vai me matar.
Dizendo isso ele pegou meu pingente. E pediu pra eu ir morar na casa dele. Ele confiava em mim. Eu não me curei. Mas com certeza nunca vou matar o mestre.
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