quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Aprendendo a voar.

Cinco horas da manhã, o despertador tocou. Que sono! Vou admitir, é horrível acordar cedo. Não entendo porque estou fazendo isto. Odeio esses desafios da mamãe. Agora só faltam seis meses, seis continentes, seis bilhões de pessoas para ver de perto ou ao menos seus exemplos e seis tipos de clima para enfrentar, sem esquecer dos meus  seis instrutores. Argh! Porque tantos números seis e eu acordo às cinco horas? Lê-se (in)justiça, moral ou não. Acho que vou me divertir, é questão de costume. Acredito que a parte mais chata nesses costumes são os finais,  quando você se acostuma acaba. Odeio isso, não os costumes. Costume... que prática mais linda, costumes são cartões de identidade com um alcance maior, bem maior...
Bom, deixa eu parar de pensar, hora de arrumar minhas coisas. Tomar café, banho e coragem. Entrar no carro, beijar mamãe, papai e dizer até logo para a Breanne. Acho que hoje chego no meu primeiro destino, odeio essa gama de surpresas que minha mãe gosta de usar, ou melhor, odeio amando. E quando eu crescer mais ainda, eu vou ser enigmático e surpreendente, crescer significa ter espaço, pra olhar para trás eu acho, acontece que eu não cresci muito. "Está na hora de você crescer e aprender a fazer manobras, porque voar você já sabe..." Mamãe me disse isto emitindo (im)pressão (sur)real.
E foi então que eu entrei no carro. Tenho certeza que quem ler isto não vai entender se estou falando no presente ou depois do ocorrido. Acredite, tais dados não são importantes, se está lendo, saiba que já ocorreu. Afinal, não sei se tenho pré-visões, e mesmo que eu tenha eu não sei usá-las, é... preciso mesmo aprender muita coisa. Boa viagem pra mim. Voltando ao assunto entrei no carro, e depois no avião, poltrona 063, seis de novo, quanta coincidência! Olho à direita,  e encontro Leena. Minha primeira instrutora, que me diz olá e meu próximo destino que é (...)