sábado, 18 de dezembro de 2010

Arrependimento.

Sigo a trilha do trem imaginário. Um trem que me deixa num certo ponto, onde devo construir uma nova vida. Para quem não compreende meus fragmentos de dizeres, minha vida é uma pizza: Tamanho GG, de um sabor horrível, não vicia, atrai, nem nada que pareça positivo.
Não que eu não seja atraente, é que no momento me refiro ao meu perfil psicológico, que é horrível, a tal ponto que me perco concluindo constantemente analogias sobre pecados alheios. O saber sacia minha mente, pena que não comento sobre um saber sadio. Carrego comigo um (prob)lema técnico, não entendo sobre misturas,  me encontro como um sacerdote de casos alheios. Por favor, não queira entender o que falo, não é qualquer um que consegue. Não me culpe por ser enigmática, se não consegue me (des)vendar, o (in)capaz é você.
Pois bem, levando em conta que casos românticos ao meu olhar são como produtos com excesso de sacarose, dos quais te viciam mas te fazem mal. Levando em conta que eu adoro cereais sentimentalistas, novamente    tive de me desculpar por me viciar em uma daquelas causas (im)possíveis das quais, você precisa de sorte, destino em seu favor e água no corpo para chorar. Conheci alguém que parecia uma safira, preciosa, sem excesso, linda, com excesso. Este planeta que eu vivo é muito grande, e por sorte se acham pedras preciosas. Pedras preciosas são coisas valiosas e brilhantes, que atraem, valem "ouro", e geram brigas. No fim, elas acabam perdidas num lugar sem querer.
Estava eu tentando conquistar minha safira, eu sei pizzas não combinam com safiras, mas (senti)mentalmente falando, combinações não fazem o menor sentido, só servem para expor beleza, e belezas são para serem admiradas, não apresentadas ao mundo. E quando consegui, meu trem parou. Papai mandou eu subir e disse como sempre que estava na hora de ir. Hora de um novo lugar, hora de procurar uma nova pedra preciosa. E no trem, espaço para um diálogo comum:
-Pai, eu deveria te odiar.
-É o meu trabalho filha. Constância, minha lei. O que houve desta vez?
-O amor da minha vida, eu acho. Acabei de deixar para trás.
-Eu sinto muito. Não consigo agradar o mundo todo. Mas quero que continue viva.
-Você nunca mudará o que aconteceu. Nunca vou esquecer. Me arrependo por me apaixonar, não posso fazer essas coisas. Meu coração anda sem mim. Com você acontece isso também?
-Desculpa, desculpa mesmo. Falta pouco, vou parar com essa constância toda, prometo. E não, sua mãe morreu, não terminei com ela, e não sou de trai.
-Obrigado.
Não que eu faça analogias bizarras, porém aos meus olhos, paixões parecem partos de risco. Dos quais quase todos já viram e temem enfrentar, prometo que dá próxima vez não vou cair nesta lábia. Pena eu não saber cumprir promessas.  E no final, tudo vira um (con)texto que só faz sentido a quem vive, de arrependimentos, correria, mudanças, café e coisas atraentes. (...)