domingo, 19 de dezembro de 2010

Esqueça aquilo ali.

Café, café, mais café por favor. Preciso de insônia. Tenho certeza que ela vai bater na porta. Isso é tão importante quanto notar por qual direção a  brisa de outono anda. Me sinto como um passageiro de um avião estragado que está caindo no chão e não consegue abrir o para-quedas. Sou um mergulhador mental, onde o mar é o mundo, e o tesouro que almejo é você.
Romantismo realmente é complexo, não sei o que (signi)fica para um ou para outro, tampouco para mim. As ilusões pulam na minha mente como se esta fosse um trampolim. E  esperando pairado no meridiano de epifanias, (se)paro  tudo. Motivo: a campainha tocou.
- Entre querida.
- Nossa, quanta chuva...
Pois é, sobra tempo para muito diálogo, até que eu durmo e ela também, sem ver e não é por ironia do destino. Como uma primeira (im)pressão. Como um primeiro beijo. Como o primeiro eu te amo. Essas sensações se misturam na minha mente de maneira que eu sonho que estou acordado. E então, o sol nasce, as flores brilham com o orvalho que acabou de cair, e é ai que eu acordo e vou preparar o café.
Eu poderia acordar dessa maneira por toda a minha vida, era o que eu mais queria. Pena eu não ter a guarda de minha filha.