quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Do simples ao mais simples ainda.

Bem vindo ao pôr-do-sol, dizem que em Fernando de Noronha é um ritual acompanhar tal sobremesa para os olhos, não sei. Nunca fui lá, por sorte o por-do-sol acompanhado de imensa beleza, decência e perfeição aparece em todos os lugares (quase todos).
E foi com este (in)comparável método de exemplificação de fim que eu encontrei meu presente de iniciação, entende a con(tro)versa? Fim, iniciação, tudo em minha mente. Acoplado a um contexto pleno, sem meio, com fim.
E andando acompanhada de muita paz quase me tropeço, motivo: um objeto camuflado na grama. Acompanhada de uma brisa tão inspiradora, um por-do-sol tão satisfatório aos meus olhos sentimentais ou não e por fim comigo caminhava uma premonição positiva tão (in)fluente quanto... é, não sei explicar.
Debaixo daquela grama tão minha um livro marrom, eu julgo livros pela capa e meus preferidos são os marrons. Sem título, e sem as 21 primeiras páginas, merecedor de páginas contadas, digno de um marca-texto, digno de trezentas páginas repetindo sempre a mesma mensagem:
"Olhe ao leste, sua casa está em exatos 53 metros. Olhe ao oeste, o por-do-sol ecoa silenciosamente mais longe que o horizonte. Pare, ouça suas palpitações, deixe-as vidrando na sua mente, desvende as palavras que estão por vir, descubra o que é óbvio, descubra o que você merece.
Minha maior intercessão . Sua felicidade plena, como um nascer-do-sol infinito,  como um tempero secreto de família novo. Quero que sua vida não pareça de verdade. Almejo que seus mais perfeitos sonhos sejam apenas dejavus. Meu maior sonho é ver a dádiva mais exuberante de toda a superfície em questão, seu sorriso. Sei que você é atenciosa, por isto escondi tanto este livro, é claro que você ia encontrar, óbvio.
Acho que devo as explicações de tudo isso também:  21 páginas em branco, são os anos em que eu não te conhecia, minha vida não passava de nada, eu vivia na procura de alguém que me fizesse ir a academia sentimentalista. Por sorte te encontrei, acompanhada da perfeição que lhe faz juízo claramente, que quero levar a um futuro próximo e eterno. Após te encontrar, precisei de 53 dias numa intensa batalha comigo, com seu coração, numa conspiração que parecia eterna em me deixar te conquistar. Acho que consegui, você disse que me ama não disse? Eu também.
E hoje, fazem trezentos dias que conheço a pessoa mais impressionante do mundo. 
E para que eu faça sentido, preciso de você.
Abra o marca texto e pegue sua aliança. Quer se casar comigo? 
De: você sabe quem."

Fechei o livro, peguei a aliança e voltei para casa, em busca do amor da minha vida.
Depois ele me disse que o horizonte era até onde eu ia com ele,  e que se o horizonte fosse o infinito, eu era seu horizonte. Esta é a minha, minto... nossa história, com um começo, meio e um (...)