sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Querida antiga casa.

Voltei em sonhos para você, dona do meu lazer, de minha pré-educação  et cetera. Devo agradecer tanto quanto a Mona, por me trazer aqui, por me proporcionar ilusões positivas, de que o mundo realmente vai ser lindo. Devo sem dúvida alguma denunciar escritores que dizem que não existem finais felizes. Afinal, eles existem, porém são finais, e não meios. E não vou denunciar meu final na juventude. Não mesmo.
Conto de fadas são para crianças, ou adultos que amam crianças. Quem não se encaixa nessas condições é um vilão, e estes não podem ter um final feliz, só em novelas invertidas. 
Já ia me esquecendo, fui ao mundo das (in)coerências procurar decisões e (in)verdades que realmente existiam, e acredite, não encontrei. Deve ser por que eu estava sonhando, e nos sonhos só se vê o que se pensa. Ou vice-versa: penso, logo sonho. Minto! Cegos sonham, e a questão é maior, cegos tocam piano de óculos escuros. Quem compõe é um sonhador, mesmo que acordado, sonhadores são pessoas que conseguem ver duas coisas ao mesmo tempo, e dão atenção só a que não é importante: A (ir)real.
E mais uma vez, venho dizer que estou me adaptando mal, minha casa é gigante, e tenho como lei (des)vendar tais mistérios. Não é todo dia que eu venho de um orfanato diferente para um castelo sem fim.
 Por fim, venho dizer que amo vocês, mães de aluguel sentimental, e irmãos de consideração clara.
De Ralf  Stein 
Para  Orfanato Gemütliche Träume.