sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Campos de morango

Vermelhos, saborosos de olhar, paladar, tato e mais algum sentido soltado com desleixo pelos cientistas baratos pesquisadores do corpo humano. Campos de morango, uma manobra plena da agricultura sentimentalista, uma grande mina com pontinhos vermelhos semelhantes a coraçõezinhos suspensos do chão por alguns centímetros que os fazem não ter medo de altura. Campos de morango, que (o)briga seu olhar a trabalhar piscando, como se perfeição fosse crime. Campos de morango, que lhes dão esperanças gigantescas, sem limites, isentas de burocracias mentais, livre de (res)sentimentos  lançados num campo de borboletas como um tumor benigno e maligno incurável, indomável. Campos de morango, como um campo de corrida, onde o maior aliado é o tempo.